Governador Marcos Rocha e Secretária da SEAS, estão fora das eleições 2026? - Foto: Divulgação

Pesquisa nacional, 22º lugar e o silêncio que fala alto
Após a divulgação de pesquisa nacional que colocou o governador Marcos Rocha na 22ª colocação, os bastidores passaram a trabalhar com a hipótese de que ele teria desistido de disputar as eleições de 2026.
Até agora, não houve pronunciamento oficial do governador nem do União Brasil. Em política, silêncio costuma ser estratégia — ou prenúncio.

Efeito colateral imediato: planos familiares fora do jogo
Com a possível desistência, os projetos de Luana Rocha e Sandro Rocha para disputar vagas de deputada federal e deputado estadual entram em xeque.
A legislação eleitoral impede determinadas candidaturas simultâneas de parentes de primeiro grau, o que inviabiliza o arranjo.

Luana Rocha já era tratada como nome forte do PSD — agora, o cenário muda.
Final de administração: quando o CPA esfria

Se a desistência se confirmar, Marcos Rocha entra no terreno mais árido do mandato: o fim do governo.

No CPA — Centro Político Administrativo, a leitura é pragmática: sem futuro eleitoral, o poder se esvai.

Aliados passam a evitar agendas, o telefone toca menos e o prestígio derrete — roteiro conhecido em Rondônia.
O passado como espelho: o “caso Daniel Pereira”

O ex-governador Daniel Pereira viveu isso de perto.
Nos meses finais, virou figurante no CPA: convidava imprensa, pedia visitas, posava para fotos.
Os poucos que apareciam preferiam contemplar a vista do CPA; fotos raramente iam para as redes. O poder já tinha mudado de endereço.
O que costuma acontecer quando o fim se anuncia
Agendas começam a falhar; prefeitos viajam, secretários escolhem lado.
Servidores de carreira evitam exposição; a máquina emperra.
Pareceres da PGE tendem a ficar mais cautelosos e, por vezes, contrários aos interesses do governo.
O clima azeda: governador contando os dias para concluir oito anos de mandato.

Alvos à vista e isolamento político
Confirmada a desistência, o governador vira alvo preferencial.
Pré-candidatos ao governo passam a evitar contato; a narrativa negativa ganha espaço.
Ações positivas somem como nuvem; problemas ganham holofote.

2026 no radar: quem se move no tabuleiro

O senador Marcos Rogério (PL) sinaliza que vai ao jogo em 2026. Para vencer, terá de recalibrar o discurso — na última disputa, perdeu para si mesmo.

Em Cacoal, o prefeito Adailton Fúria (PSD) avalia custos e benefícios de eventual apoio de Marcos Rocha: fora do governo é uma conta; dentro, outra. O argumento adversário já está pronto: “se não saiu para disputar, por que o segundo mandato não foi bom?”
Câmara aberta com a possível saída de Luana Rocha

Com a possível desistência de Luana Rocha, pré-candidatos antes discretos voltam ao palco: redes sociais aquecem, fotos no meio do povo reaparecem.
No PSD, as apostas migram para Juliana Fúria, Jesualdo Pires e Expedito Júnior.

A nominata do PSD e a promessa que pesa

O PSD também faz contas na formação da nominata federal.

Pesava a promessa do governador de levar três nomes: Elias Rezende, Luana Rocha e Coronel Vital ou Coronel Braguim — este último, desgastado nos últimos dias.
Conclusão da coluna

Pesquisa ruim,
silêncio estratégico,
projetos familiares suspensos,
aliados em retirada.

Nada oficial ainda. Mas nos corredores do poder, a máxima é antiga:

“Quando o governador deixa de ser candidato, começa a virar passado.”