Avaliação é de que cenário para ex-presidente pode ser parecido com o de Fernando Collor
Ex-presidente Jair Bolsonaro • 18/07/2025REUTERS/Mateus Bonomi

Porto Velho, RO - Aliados de Jair Bolsonaro (PL) já precificam que será inevitável o início de cumprimento de pena do ex-presidente em regime fechado, mas apostam em uma estadia curta na prisão.

O paralelo é traçado com o caso do também ex-presidente Fernando Collor de Mello, que teve a prisão determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 24 de abril deste ano.

Collor passou a cumprir pena em cela individual em uma ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL), no dia seguinte e uma semana depois, no dia 1º de maio, conseguiu ir para o regime domiciliar.

À época, a defesa de Collor trabalhou com pedido de prisão domiciliar humanitária, alegando que Collor já tem idade avançada – 76 anos – e comorbidades graves, que incluem doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

Bolsonaro completa, nesta terça-feira (11), 100 dias em prisão domiciliar decretada após descumprir uma série de medidas restritivas impostas a ele, no âmbito do inquérito que apurou a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o sistema Judiciário.

Já o processo da trama golpista que lhe rendeu uma condenação a mais de 27 anos de prisão, ainda precisa ter o chamado "trânsito em julgado" decretado. Isso ocorre quando todos os recursos que podem ser apresentados pela defesa forem esgotados.

Na semana passada, os ministros da primeira turma do STF rejeitaram os primeiros embargos de declaração apresentados pela defesa.

Mesmo com todos os votos, o plenário virtual segue aberto até o dia 14. Somente depois o STF deve publicar o acórdão, documento que reúne os votos dos ministros e formaliza o resultado.

Fonte: CNN Brasil.