Thiago Ávila é um dos 12 integrantes de grupo que buscava chegar a Gaza


Greta e Ávila pediram apoio de organizações internacionais – Imagens: Reprodução/Instagram

Porto Velho, RO - As Forças Armadas de Israel detiveram no domingo 8 a embarcação “Madleen”, do projeto Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês), que tentava chegar a Gaza com ajuda humanitária aos palestinos. O barco levava 12 ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila.

A detenção do barco tinha sido antecipada pelo ministro da Defesa israelense, Israel Katz, em comunicado. No texto, ele chamava Greta de “antissemita” e os demais ativistas de “porta-vozes da propaganda do Hamas”, e afirmou que o grupo seria impedido de chegar a Gaza.

“O ‘iate das selfies’ das ‘celebridades’ está navegando com segurança em direção às costas de Israel. Esperamos que os passageiros retornem aos seus países de origem”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores de Israel em um comunicado após ter desviado a embarcação.

Em seu perfil no Instagram, Ávila postou um vídeo registrado antes da interceptação do barco: “se você está vendo este vídeo, isto significa que fomos sequestrados”, afirmou na gravação. O brasileiro e a sueca estão acompanhados de ativistas da Alemanha, da França, da Turquia, da Espanha e da Holanda.

A FFC se apresenta como um movimento internacional não violento de solidariedade aos palestinos. O barco zarpou da Itália no último dia 1º. Os voluntários informam que levam comida, fórmulas alimentares para bebês e medicamentos.

O território palestino, governado pelo Hamas, é alvo de um bloqueio israelense há vários anos, antes do início da atual guerra, desencadeada após o ataque do movimento islamista no sul de Israel em 7 de outubro de 2023.

No sábado, a ativista alemã Yasemin Acar disse à AFP que o “Madleen” navegava ao longo da costa do Egito, fronteiriço com o território palestino, e que planejava chegar à Faixa de Gaza na manhã desta segunda.

Fonte: Carta Capital