Esse clássico filme pós-apocalíptico chegou ao catálogo da Netflix. Relembre qual é a sua história

Porto Velho, RO - Os filmes são capazes de nos levar para mundos desconhecidos. Alguns preferem ver comédias para dar algumas boas risadas, outras pessoas gostam de ver romances, para se envolver na história de amor dos personagens principais, existem as pessoas que adoram sentir medo com um bom filme de terror, e as que gostam de se imaginar sobrevivendo nos piores cenérios de um filme pós-apocalíptico.

Assim como nos outros gêneros, os filmes pós-apocalípticos também tem seus clássicos, como por exemplo “Maze Runner”. Agora, praticamente uma década depois de ser lançado, ele está disponível no catálogo da Netflix. A produção é da antiga FOX, e estava no catálogo do Star+, mas foi liberado para outra plataforma.

Esse filme pós-apocalíptico apresentou para o mundo o universo de ação e ficção científica baseado no romance de 2009 de James Dashner. Quem dirigiu esse clássico foi Wes Ball, e logo a produção conquistou tanto a crítica como o público. Tanto que ele ganhou duas sequências, que também estão disponíveis na Netflix.

Maze Runner

O filme apresenta Thomas, que acorda de forma inesperada em um elevador em movimento sem se lembrar de nada que aconteceu antes, exceto seu nome. Quando ele chega no topo, ele vê que está em uma espécie de floresta cercada por paredes de pedra.

Nesse lugar ele acaba conhecendo outros garotos que também não tem memória de nada. A floresta onde eles estão é chamada de Clareira e é cercada por um labirinto gigante que muda todas as noites, além de ser o lar de criaturas mecânicas letais chamadas de Grievers.

Então, esses garotos são divididos em vários grupos. Desses, os que teoricamente tem mais chances é o dos “corredores”. Por isso que eles vão explorar o labirinto para tentar achar uma saída.

Contudo, quanto Thomas chega começam acontecer alguns eventos inesperados, o que faz com que a necessidade de descobrir uma rota de fuga fique ainda mais urgente. Então, Thomas e os outros garotos recuperam suas memórias e descobrem que estão lá participando de um experimento científico misterioso. Com isso, eles começam a lutar por sua liberdade.

Filme pós-apocaliptico

Os filmes servem para que possamos ver outras realidades, além da nossa, e nos transmitem emoções. Seja alegria, tristeza, medo ou qualquer outra. Mas parece que eles podem servir par além de nos mostrar outros mundos.

De acordo com o que sugerem novas pesquisas, os filmes pós-apocalípticos, ou ‘prepper’, que são os filmes de invasão alienígena e apocalipse zumbi, podem dar uma certa vantagem aos fãs do gênero tanto prática como mental na pandemia do coronavírus.

“Se é um bom filme, ele atrai você e você toma a perspectiva dos personagens. Então você está ensaiando sem querer os cenários. Achamos que as pessoas estão aprendendo indiretamente. É como, com exceção da falta de papel higiênico, elas praticamente sabiam o que comprar”, disse Coltan Scrivner, psicólogo especializado em curiosidade mórbida na Universidade de Chicago.

Os autores do estudo, que ainda não foi revisado por outros especialistas, dizem que livros e filmes são um “presente da seleção natural”. Isso porque eles ajudam as pessoas a passarem por situações do mundo real através da ficção.

Por mais que não estejamos perto de sofrermos um ataque alienígena ou zumbi, essas histórias de ficção podem dar as pessoas oportunidades mentais de enfrentar transtornos sociais perigosos estando no conforto de casa.

Para ver se essa influência realmente acontece no mundo real, os pesquisadores perguntaram a 310 voluntários quais eram os filmes que eles preferiam. E como eles se sentiam preparados para a pandemia. E também se tinham experimentado algum nível de ansiedade, depressão, irritabilidade ou insônia.

O objetivo era testar se os filmes de terror ou filmes pós-apocalípticos, de alguma maneira relevantes para a crise atual, tinham preparado melhor as pessoas que os assistiram. E o que os pesquisadores concluíram é que, de algum modo, eles ajudaram sim.

“Descobrimos que os fãs de filmes de terror exibiam maior resiliência durante a pandemia. E que os fãs de gêneros ‘prepper’ exibiam maior resiliência e preparação”, escreveram os autores.

Benefícios

Quando as pessoas se aprofundam nos filmes pós-apocalípticos, elas absorvem, conscientes ou não, informações sobre como as pessoas agem quando estão diante de uma pandemia. E segundo alguns psicólogos, essas informações podem ser bastante valiosas no mundo real.

Por exemplo, eles podem mostrar quais os tipos de conflitos sociais que provavelmente surgiriam no meio do caos. Ou em quais situações se pode confiar de verdade. E como o mundo será quando as pessoas começaram a agir de forma egoísta ou cooperativa.

Logo nas primeiras semanas da pandemia do novo coronavírus, o número de pessoas que assistiram o filme “Contagion” teve um grande aumento. O filme não é um escapismo, mas sim uma representação bem real do que poderia acontecer durante uma pandemia viral. E pode ser uma curiosidade mórbida que leva as pessoas a assistirem a esses filmes.

“Por uma maior propensão a coletar informações sobre fenômenos perigosos, indivíduos com uma curiosidade mórbida podem acumular um repertório maior de conhecimentos e estratégias de enfrentamento. Que seriam úteis em várias situações perigosas na vida real”, escreveram os autores.

No estudo, ser fã de terror não estava relacionado a uma resiliência maior ou uma melhor preparação. Mas sim a um menor sofrimento psicológico. Já os fãs do gênero prepper estavam mais preparados para a pandemia. E tiveram menos interrupções negativas em suas vidas durante a pandemia.

“Nossas descobertas reforçam a ideia de que a ficção pode ser uma simulação útil de ambos os cenários específicos , no caso de filmes de pandemia. E de cenários geralmente medrosos, no caso de filmes de terror. A experiência com essas simulações pode ser usada como uma forma de preparação e prática de habilidades específicas relevantes para situações particulares. E habilidades mais gerais associadas à regulação emocional”, concluem os autores.

Fonte: Fatos Desconhecidos