Atracado há mais de um ano em porto do Caribe, iate de luxo russo Alfa Nero ainda não tem dono confirmado. Foto: Divulação/Oceanco

Autoridades caribenhas desejam leiloar embarcação, para evitar novos custos e possíveis incidentes, mas embarcação é considerada um bem bloqueado pelos EUA

Porto Velho, RO - Atracado no porto de Antígua e Barbuda desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, o superiate de luxo russo Alfa Nero já soma mais de um ano abandonado no Caribe. 

Com valor de US$ 120 milhões (cerca de R$ 595,22 milhões), o iate é protagonista de um mistério, uma vez que as autoridades locais ainda não conseguiram confirmar quem é o seu dono.

A embarcação de 81 metros de comprimento tem piscina de borda infinita, que se transforma em heliponto, cinco cabines de luxo, spa, academia, elevador – tudo sem uso. Segundo o portal Bloomberg, a suspeita era de que a embarcação pertencia ao bilionário russo Andrey Guryev, que enfrenta sanções impostas pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos logo após as tropas russas cruzarem a fronteira para a Ucrânia.

A hipótese, porém, foi negada pela equipe jurídica de Guryev. Um advogado do bilionário disse que ele usa o Alfa Nero “de vez em quando” desde 2014. Os registros públicos, da mesma forma, são incapazes de revelar quem é o proprietário.

De acordo com a Bloomberg, a notificação da apreensão do navio pelo governo de Antígua e Barbuda, pequeno país de 101 mil habitantes, é dirigida a Guryev, bem como a empresas nas Ilhas Virgens Britânicas e Ilhas do Canal.

Passado mais de um ano da situação, a Antigua agora deseja se livrar do navio supostamente abandonado. As contas necessárias para manter a embarcação e a pequena tripulação restante ultrapassam US$ 100.000 por mês. Há ainda seis dos 44 tripulantes no iate.


Atracado há mais de um ano em porto do Caribe,
iate de luxo russo Alfa Nero ainda não tem dono
confirmado. Foto: Divulação/Oceanco