Servidora também tem levado educação ambiental a escolas e associações de bairros da capital

Porto Velho, RO - A pauta da educação ambiental tem ganhado os corredores da Secretaria Municipal de Saneamento e Serviços Básicos (Semusb) devido um ecoponto criado pela agente de limpeza Leyla Correia. O trabalho da servidora tem mostrado que é possível dar outra destinação ao que antes seria somente lixo.

Popularmente conhecidos como garis, todos os dias os agentes de limpeza da Prefeitura se deparam com uma grande quantidade de lixo descartado incorretamente nas vias, nos terrenos baldios e espaços públicos, além da falta de iniciativa dos próprios moradores em separar corretamente os resíduos sólidos.



Leyla Correia também é integrante do Núcleo de Educação Ambiental da SemusbEssas constatações motivaram a Leyla a iniciar uma mudança em relação ao tratamento do lixo. “A Semusb é uma secretaria que lida diretamente com a questão do lixo e, por isso, entendemos que precisávamos ser exemplo e iniciar os trabalhos dentro de casa”, explica a gari, que também é integrante do Núcleo de Educação Ambiental da Semusb.

Para materializar isso, ela e o seu grupo montaram uma ecoponto para a coleta seletiva nos corredores da própria secretaria. Tonéis, antes sem nenhuma utilidade aparente, agora comportam garrafas pets e caixas de papelão, materiais que são fonte de renda para catadores independentes.

Cestos de lixo e canos de PVC se transformaram em luminárias customizadas. O mesmo destino foi dado a dezenas de copos plásticos descartados pelos servidores que agora foram orientados a adotarem a própria garrafinha.

Já caixotes de madeira, que costumam ser encontrados com frequência em feiras livres pela cidade, foram convertidos em prateleiras e estantes para livros, enquanto garrafões e baldes descartados pela construção civil foram transformados em vasos de plantas.

O ecoponto também serve para o descarte correto de pilhas e lâmpadas que trazem severos danos à natureza quando descartadas incorretamente.



Ecoponto também serve para o descarte correto de pilhas e lâmpadas“A nossa meta agora é não deixar essa iniciativa restrita à secretaria, mas levá-la à comunidade. Estamos indo às escolas, associações de bairro e condomínios que querem motivar seus moradores a trabalharem essa ideia dentro de suas casas. Nesses encontros, mostramos que boa parte do lixo descartado serve de renda para catadores, além de ter uma contribuição imensa para o meio ambiente”, reforça Leyla Correia.

SANEAMENTO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A coleta seletiva e a correta destinação dos resíduos sólidos são parte integrante do saneamento básico. Recentemente, a Prefeitura tem avançado nas tratativas sobre o assunto e a expectativa é de que Parcerias Público-Privada (PPPs) possam trazer, a curto, médio e longo prazo, benefícios à população e ao meio ambiente.

“Já temos nos mobilizado para estender a educação ambiental também para a área do saneamento. É uma questão que está prevista, inclusive, no Plano de Saneamento Básico do Município. Acreditamos que o poder público e a população fazendo cada um a sua parte teremos uma cidade mais sustentável e com mais qualidade de vida”, acrescenta Marcel Barroso, diretor de Saneamento da Semusb.



Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)