Credores da varejista reagem contra medida jurídica que suspende pagamentos e protege a empresa dos efeitos de eventual inadimplência. Foto: Pixabay

Porto Velho, RO - Feriado de Martin Luther King, Jr. nos Estados Unidos deve reduzir liquidez na sessão por aqui. Com isso, investidores devem ficar ainda mais atentos às negociações entre bancos credores e Americanas. Na semana passada, a varejista iniciou uma crise no mercado financeiro com a renúncia do CEO Sérgio Rial após nove dias no cargo sob a alegação de ter encontrado R$ 20 bilhões em “inconsistências contábeis”.

Logo após a divulgação, a varejista obteve na justiça uma tutela de emergência que impede a execução da empresa pelos credores e suspende os pagamentos. Na mesma ação, a companhia declara uma dívida total de R$ 40 bilhões e, praticamente, reconhece o erro contábil de R$ 20 bilhões (uma vez que o total do endividamento da Americanas no último balanço divulgado estava na casa de R$ 19 bilhões). Os bancos tentam agora reverter a liminar concedida à varejista, por enquanto, sem sucesso. As ações da empresa perderam cerca de 70% do valor desde que o problema veio a público.

No exterior, o início do Fórum Econômico Mundial vai concentrar parte da atenção dos investidores globais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do meio ambiente, Marina Silva, participam do encontro. Haddad participa amanhã de painel sobre as perspectivas econômicas com a mudança de governo no Brasil, o que pode trazer alguma volatilidade ao mercado.

No campo das commodities, notícias de que a China deve atuar para conter o preço do minério de ferro fizeram com que o preço da matéria-prima interrompesse o rali recente. Na primeira parte da sessão em Singapura, a commodity fechou as negociações em queda próxima a 5%, a US$ 119,50 a tonelada. O petróleo tipo Brent também operava em queda nesta manhã (-0,35%), cotado a US$ 85 o barril.

Fonte: O Antagonista