Banco de André Esteves diz que trio de acionistas de referência da empresa são "figurões conhecidos por sua atuação predatória". Reprodução/Youtube/BTG Pactual digital

Porto Velho, RO - O BTG Pactual entrou com recurso na Justiça neste fim de semana para derrubar a liminar de sexta-feira (13) que protegeu a Americanas de toda e qualquer possibilidade de bloqueio de bens. A varejista divulgou um rombo contábil de R$ 20 bilhões, o que pode acarretar em dívida de cerca de R$ 40 bilhões.

A liminar, porém, foi negada neste domingo (15) na segunda instância do Rio de Janeiro.

O banco de André Esteves foi o primeiro a tentar garantir o recebimento de dívidas. A instituição financeira executou na sexta um débito de R$ 1,2 bilhão da varejista.

No recurso em que pediu para derrubar a limitar que protege a Americanas, o BTG classificou o rombo como “fraude confessada” e ainda apontou o dedo para os três acionistas de referência da varejista: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto “Beto” Sicupira.

“Os nomes por trás dessa megaoperação não são anônimos. São figurões conhecidos por sua atuação predatória, que formam o grupo de homens mais ricos do Brasil, envolvidos em outras fraudes que acabam sendo esquecidas pela maré de notícias indesejáveis que assola o país”, afirmou o BTG.

“[O trio] tem a pachorra de vir em Juízo pedir uma tutela cautelar [liminar], preparatória de uma recuperação judicial, para impedir os credores de legitimamente protegerem o seu patrimônio à luz da maior fraude corporativa de que se tem notícia na história do país”, acrescentou.

Fonte: O Antagonista