Porto Velho, RO - Nem 1 milhão e 700. Nem 1 milhão e 600. Todos estes números que se apresentavam como verdadeiros, sobre a população do nosso Estado, caíram por terra. Somos bem menos. E tivemos um crescimento de apenas 0,4 por cento, entre 2010 e 2022. Somos, pelos números oficiais do IBGE, exatas 1.579.626 pessoas vivendo nesta terra de Rondon. Há 12 anos, éramos 1.562.309. Ou seja, em pouco mais de década, a população total do Estado aumentou em pífias 17.317 almas, ou seja, 1.713 novos rondonienses por ano. 

Outro dado: embora a sensação é de que crescemos muito, já que ainda surgem novas áreas de habitação em diferentes pontos, Porto Velho teve um aumento de pouco mais de 7 por cento da sua gente, na última dúzia de anos. A Capital tinha 428.527 moradores há uma década e pouco. Hoje tem 461.748, apenas 7,7 por cento de crescimento. 

Em números absolutos, temos somente 33.221 habitantes a mais. Ou seja, por ano, o crescimento teria sido de apenas 3.322 porto-velhenses. Ji-Paraná, a segunda maior cidade de Rondônia, teve um número um pouco maior do que os insignificantes 7 por cento de Porto Velho. Lá, em 2010 a população era de 116.610 e agora passou para 136.825, um crescimento percentual acima dos 17 por cento e, em números absolutos, 20.215 ji-paranaenses a mais. 

É o mesmo caso de Ariquemes, a terceira cidade do Estado. Ela também cresceu, em termos populacionais, muito menos do que o esperado, para uma década. Há dez anos, os números apontavam para 90.353 habitantes e agora, pelo censo do IBGE, são 100.896 almas, um crescimento de 9 por cento no período e, em números absolutos, mais 10.543 ariquemenses.

Como ocorreu no último censo, a gritaria é geral, principalmente de prefeitos, cujas cidades poderão perder muito dos parcos tributos federais e estaduais que recebem, sempre proporcionalmente à sua população. Uma nota da Associação dos Municípios, a AROM protesta contra a decisão do TCU em fixar estimativas populacionais, com base em números do censo de 2022, que ainda não seriam definitivos. 

Diz um trecho da nota: “considerando que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é uma das principais fontes de receita dos entes subnacionais, em especial, aos municípios de médio e pequeno porte, a entidade municipalista entende que a decisão do TCU, publicada em 28 de dezembro de 2022, com efeitos financeiros para o exercício subsequente – ou seja, já no dia 1º de janeiro de 2023, de forma abrupta e sem exercício do contraditório ou ampla defesa pelos municípios impactados, contraria os critérios de razoabilidade e proporcionalidade que devem ser observados pelos órgãos responsáveis pela fixação do coeficiente nacional”. 

Em Porto Velho, o valor dos tributos vindos da União pode ser muito abaixo do esperado, já que autoridades da Capital juram por todos os santos que a cidade tem entre 550 mil e 600 mil habitantes. Uma importante autoridade do Estado, contudo, resumiu a ópera: “o que se pode fazer? É o Censo, não é”?




PREFEITURAS AINDA PODEM RECORRER. E ACESSE O LINK ONDE ESTÃO TODOS OS NÚMEROS DO ATUAL CENSO DO IBGE


Sobre o assunto, ainda, que vai fervilhar por longo tempo, o IBGE também divulgou uma nota, dizendo, entre outras coisas, que o órgão entende que não procedem as contestações de municípios que defendem a utilização dos dados populacionais desatualizados. 

Avisa também que “segundo informações do site do TCU, para recorrer em relação aos valores dos tributos que irão receber do Fundo de Participação da União, os municípios dispõem de 30 dias, a partir da data da publicação dessa decisão”, ou seja, pouco mais de duas semanas. 

O prefeito Hildon Chaves retorna das férias nesta segunda-feira e este deverá ser um dos primeiros assuntos da sua pauta. Prefeitos de todo o Estado estão se mobilizando, numa corrida desesperada para não perderem ainda mais os parcos recursos que recebem, no geral. Os números da prévia do IBGE, para todas as cidades rondonienses, estão no link A prévia do Censo pode ser acessada no­­ link https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/22827-censo-demografico-2022.html?edicao=35938&t=resultados




ANTES QUE O GALO CANTASSE TRÊS VEZES, ARAÚJO DEIXA O PL E VAI PARA A BASE ALIADA DO GOVERNO LULA

A política é a arte de engolir sapos e de traições. São apenas algumas das definições sob o aspecto negativo, quando se trata do nosso sistema político. Não há mais o que surpreenda, neste meio. Para ilustrar com questões mais recentes, basta dizer que o que mais se ouve em Brasília, hoje, é que a maioria dos eleitos pelo bolsonarismo, na eleição passada, para o Congresso, se já não foi, em breve irá para os braços do novo governo Lula. 

Um exemplo local deixa isso bem claro. Suplente do senador Marcos Rogério e personagem praticamente desconhecido no Estado, a não ser em algumas áreas muito específicas, o advogado Samuel Araújo já trocou de casaca, antes mesmo que o galo cantasse três vezes. Rogério se afastou do cargo, por tempo indeterminado, para cuidar da saúde da sua filha. O parlamentar de Ji-Paraná, que disputou o Governo do Estado contra Marcos Rocha, decidiu dar um tempo na atividade parlamentar, para cuidar de interesses da família. 

Araújo assumiu e, poucas semanas depois, largou o PL e se aliou ao PSD, partido que, no Senado, deve fazer parte da base aliada governista. Quem costurou o acordo, foi o deputado federal Expedito Netto, presidente regional da sigla que, em nível nacional, é presidida por Gilberto Kassab. O senador Marcos Rogério ainda não se pronunciou sobre o assunto.




EXPEDITO NETTO, PRESIDENTE REGIONAL DO PSD, VAI ASSUMIR CARGO FEDERAL, A PARTIR DE FEVEREIRO


Ainda sobre Expedito Júnior: o jovem político, que não se reelegeu para a Câmara Federal, já tem cadeira garantida na administração federal. Já foi convidado e aceitou um cargo na nova administração petista, onde seu partido, o PSD, deve ter papel relevante. A verdade é que a sigla que Netto comanda no Estado, está prestes a se tornar a maior bancada do Senado Federal, com a meta praticamente atingida de conquistar 13 cadeiras. 

Já tem onze, com a recente adesão do rondoniense Samuel Araújo e de mais um representante do nordeste, cujo nome deve ser anunciado em breve. Filho do ex-senador e ex-deputado federal Expedito Júnior, Netto teve dois mandatos consecutivos na Câmara Federal. Elegeu-se a primeira vez em 2014 e conseguiu a reeleição, com facilidade, na eleição de 2018. Em outubro, buscou o terceiro mandato, mas, mesmo tendo conquistado 20.054 votos, ficou na 12ª colocação entre os mais votados. 

Convidado para ocupar um cargo no novo governo brasileiro, Expedito Netto deve viajar para Brasília no início do mês que vem, para começar a sua atuação na nova função. É um político jovem e que tem ainda muito futuro em Rondônia. Continua, ao menos até agora, presidindo o PSD no Estado.




CONFÚCIO, ALIADO DO NOVO GOVERNO DE LULA, PARTICIPA DAS POSSES DOS MINISTROS DO MDB

O senador Confúcio Moura é um dos rondonienses mais próximos ao novo governo do país. Forte opositor ao governo Bolsonaro, ele comemorou a eleição de Lula, inclusive com o apoio do seu partido, o MDB, que lançou a candidatura de Simone Tebet que, com seus 5 milhões de votos, ajudou muito para a vitória do petista, ao aliar-se a ele no segundo turno. 

Distante do governo anterior, do qual foi sempre crítico, Confúcio se posicionou na contramão do eleitorado do seu Estado, que, com perto de 70 por cento dos votos, ficou ao lado de Bolsonaro. Agora, o senador, que fez parte da equipe de transição de Lula, tem participado ativamente de atividades que envolvem o novo pacote de partidos, liderados pelo PT, que comandam o país. Nos últimos dias, o senador rondoniense tem publicado comentários e fotos, nas redes sociais, prestigiando a posse dos novos ministros, principalmente os do MDB. Ele acompanhou de perto a posse de vários ministros do novo governo Lula, principalmente os do MDB, seu partido. 

Esteve na posse da sua correligionária e amiga pessoal, Simone Tebet, no Ministério do Planejamento; junto com Renan Filho, novo comandante do Ministério dos Transportes e de Jader Barbalho Filho, no comando do Ministério das Cidades. Confúcio tem mais quatro anos de mandato, no Senado da República e, certamente, será um forte e importante aliado de Lula no parlamento brasileiro.




SIMONE TEBET DIZ QUE NÃO SE ELEGE MAIS NEM PARA SÍNDICA DE EDIFÍCIO, NO SEU ESTADO

Por falar em Simone Tebet, continua bombando nas redes sociais um vídeo em que ela, com um sorriso que não condiz com o que comenta, está relatando o que tem passado no seu Estado, o Mato Grosso do Sul. Desde que assumiu a postura de opositora ao bolsonarismo, lançou-se candidata à Presidência e no segundo turno apoiou Lula, ela conta que tem sofrido a ojeriza dos seus conterrâneos. 

A nova ministra do Planejamento, que aceitou o cargo depois de muitas conversas com seu aliado de outubro, é um dos nomes mais populares da política do MS. Filha de político, ela se elegeu senadora por seu Estado em 2014, com mais de 640 mil votos, para um mandato de oito anos. Na eleição deste ano, decidiu sair candidata pelo MDB, já na oposição ao então presidente Bolsonaro e, não há qualquer dúvida, seu apoio a Lula foi decisivo para a vitória do petista. 

Agora, tem o ônus da decisão. Ela conta em vídeo: “já estou cancelada em todas as redes sociais. No meu Estado, não sou mais convidada nem para batizado ou casamento. Não tenho mais chances de me eleger nem como síndica de prédio. No meu Estado, ninguém quer conversa comigo. No prédio em que moro, de 20 apartamentos, um apartamento por andar, apenas duas ou três pessoas me cumprimentam”. Simone Tebet conclui que mesmo com tudo isso, não se arrepende, “porque fiz a coisa certa”! Veja o vídeo pelo link https://odebateon.com.br/caiu-a-ficha-simone-tebet-diz-que-nao-se-elege-nem-pra-sindica-de-predio-veja-o-video/




A SISTEMA VENEZUELANO JÁ CHEGOU ÀS QUESTÕES DOS CONFLITOS AGRÁRIOS, EM RONDÔNIA E NO BRASIL?

Tinha diminuído um pouco, mas voltou com força. Os confrontos entre invasores de terras contra seguranças e policiais, certamente vão dão dar um salto a partir de agora, com a proteção legal que está sendo dada aos sem terra (muitos deles, criminosos que se dizem apenas querendo um lugar para plantar e sobreviver) e também pela política que o novo governo deve adotar, incentivando os conflitos. 

Em Rondônia, principalmente na região de Nova Mutum, Nova Mamoré no distrito de Nova Dimensão, há muito tempo a situação é caótica. Fortemente armados, os invasores usam até espingardas e fuzis de alto calibre, em seus ataques. Há cerca de quatro anos, numa das áreas mais conflagradas, a Fazenda NorBrasil, dois PMs foram brutalmente assassinados. Nesta semana, outro confronto entre seguranças e invasores, acabou com um policial da reserva ferido. 

Já na quinta-feira, outro crime brutal: um homem, suspeito de pertencer ao grupo terrorista LCl, foi morto a tiros de fuzil, na mesma região, antigamente chamada de Fazenda Galo Velho. As leis vindas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do próprio STF, a partir de agora, impedem reações contra os invasores e até reintegrações de posse, que só podem ser feitas depois de debates com uma comissão a ser criada, inclusive com a participação de quem atacou a propriedade. A Venezuela já está chegando aos conflitos agrários, no Brasil e em Rondônia?




MEDICAMENTO QUE REDUZ OBESIDADE EM ATÉ 17 POR CENTO, CHEGARÁ AO BRASIL, CUSTANDO 900 REAIS /MÊS


Não é milagroso, mas os resultados já obtidos têm sido altamente positivos. Atenção rondonienses que estão muito acima do peso (nosso Estado é o terceiro do país com a população masculina mais gordinha) para a grande novidade. 

Já foi aprovado pela Anvisa, um novo medicamento contra a obesidade, chamado Wegovy, que tem o poder de diminuir o peso em até 17 por cento. O princípio ativo é o mesmo (semaglutida), já usado em outros remédios, mas estes para controle da diabetes tipo 2. O novo tratamento “milagroso”, deve chegar ao Brasil já nos próximos meses. Quem for utilizá-lo, contudo, que prepare seu bolso. O tratamento para um mês chega a custar mais 900 reais. 

Os especialistas, contudo, continuam afirmando que o melhor para combater a obesidade é mudar a alimentação, praticar exercícios físicos e tomar muita água. Medicamentos com tom milagroso podem até fazer algum efeito, mas não conseguem diminuir o peso para sempre e nem substituir as formas naturais de se combater a obesidade mórbida, que causa muitas doenças e é responsável pela morte de milhões de pessoas todos os anos, no Brasil e no mundo inteiro. O Wegovby certamente poderá ajudar, mas quem sofre deste mal também precisa se ajudar, se quiser resultados reais e que perdurem.




AMAZÔNIA +21: THOMÉ DESTACA APOIO A EMPRESAS QUE QUEIRAM INVESTIR NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO

O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiero), Marcelo Thomé, que também comanda o projeto Amazônia + 21, que já é um sucesso, está chamando empresas para se aliarem ao programa, recebendo financiamentos especiais. 

Nas redes sociais, Thomé destaca a importância da presença de mais empresas na busca do desenvolvimento sustentável da nossa região e da nossa floresta. Em resumo, o Instituto Amazônia+21 é uma organização da sociedade civil, de iniciativa de empresários da Amazônia brasileira, com suporte da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e das nove federações das indústrias dos Estados da Amazônia Legal, para promover negócios sustentáveis na região e contribuir para o seu desenvolvimento. 

Num vídeo divulgado nas redes sociais, o líder dos empresários rondonienses e da região afirma que o Instituto pode dar, aos empresários, as respostas que eles precisam para investir na região e ter seu negócio rentável, mantendo a preservação ambiental. Em parceria com entidades como o Senai Inovação, o empresário que pretender investir, terá todo o aparato de informações necessárias. No link https://institutoamazonia21.org.br/ tem muito mais informação.




PERGUNTINHA


O que você achou da declaração do presidente Lula, na primeira reunião do seu Ministério, afirmando que “quem fizer alguma coisa errada, será convidado a deixar o Governo”?