Alberto Fernández ordenou a abertura de uma investigação criminal sobre um possível conluio de membros do MP contra a vice Cristina Kirchner. Reprodução

Porto Velho, RO - O presidente da Argentina, Alberto Fernández, ordenou nesta segunda-feira (5) a abertura de uma investigação criminal sobre um possível conluio de juízes e promotores contra Cristina Kirchner.

O pedido foi realizado um dia antes do tribunal de primeira instância que julga a vice-presidente argentina apresentar seu veredicto.

Cristina é acusada de associação criminosa e improbidade administrativa. Em agosto, o MP pediu 12 anos de prisão para ela por supostamente ter chefiado uma associação que cometeu fraudes durante o período em que foi presidente, entre 2007 e 2015.

O Ministério Público também solicitou que Cristina seja impedida de exercer cargos públicos pelo resto da vida.

Em um pronunciamento, Fernández disse que os juízes e promotores envolvidos no caso se reuniram a convite de empresários de mídia na Patagônia, com o compromisso de que as informações sobre o encontro não fossem divulgadas.

“Fere a democracia ver a promiscuidade antirrepublicana com que se movem alguns empresários, juízes, promotores e funcionários. Até aqui, eles se sentiram impunes. É hora de começarem a prestar contas por suas condutas”, afirmou o presidente.

Após a fala de Fernández, integrantes da oposição negaram qualquer irregularidade.

O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, defendeu seu ministro da Justiça, Marcelo D’Alessandro, um dos supostos integrantes da comitiva à Patagônia.

“Estamos diante de uma nova operação do kirchnerismo que recorre à manipulação da informação e à espionagem ilegal. Tentam distrair a atenção dos temas importantes e gerar a sensação de que somos todos iguais”, disse Rodríguez Larreta.

Fonte: O Antagonista