Treinador do Palmeiras é um dos nomes cogitados para assumir o Brasil após a Copa do Mundo do Catar

Porto Velho, RO - Especulado como possível sucessor de Tite na seleção brasileira, Abel Ferreira preferiu o silêncio sobre o tema, diferentemente do que já havia respondido em outras ocasiões quando questionado sobre o assunto.

Desta vez, após o presidente da CBF afirmar que o substituto de Tite poderia ser um treinador estrangeiro, o comandante português do Palmeiras se furtou de responder sobre a possibilidade de comandar o Brasil após a Copa do Mundo. O tom enfático de outros momentos para falar da seleção, desta vez não foi repetido e Abel sequer deu resposta sobre a possibilidade.

“Olha, eu acho que você não vai se ofender ou ficar chateado. As perguntas são legítimas e as repostas também são. Mas eu não vou te responder essa pergunta, está bem? Não fique ofendido”, limitou-se a dizer o treinador ao ser questionado sobre um eventual convite da CBF. Tite, cabe lembrar, avisou que não continuará no comando da seleção depois da Copa do Mundo do Catar.

Em março deste ano, Abel também foi questionado a respeito da possibilidade de comandar a seleção pentacampeã. Naquela ocasião, evitou ser enfático e deixou a possibilidade no ar ao dizer que não faz planos a longo prazo. “Eu vivo aqui e agora”, argumentou o treinador, que demonstrou mais de uma vez o desejo de cumprir seu contrato com o Palmeiras, vigente até o fim de 2024. “Isso é um assunto que eu não controlo, não depende de mim”.

Diante da escassez de bons técnicos brasileiros, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, deu sinais de que pode buscar um estrangeiro para comandar a seleção, o que seria algo histórico, já que um treinador de outro país nunca dirigiu a equipe nacional.

Recentemente, Ednaldo ressaltou que teria de citar mais de dez nomes com capacidade de assumir a seleção brasileira após a Copa do Mundo do Catar. Disse isso ao ser questionado sobre alguns profissionais específicos, como Fernando Diniz, Dorival Júnior e o português Abel Ferreira.

O presidente da CBF disse ainda não ter “preconceito de nacionalidade” e deixou as portas abertas para um inédito comando gringo desde que o profissional “tenha competência e um envolvimento com aquilo que o futebol brasileiro necessita”. O trabalho de Abel chama a atenção há alguns anos, com conquistas e fracassos, mas sobretudo com o jeito de montar um time competitivo e bem treinado.

O Palmeiras de Abel lidera o Brasileirão com 67 pontos, dez de frente para o Inter, vice-líder. O próximo compromisso é domingo, dia 16, data do clássico com o São Paulo no Allianz Parque.

Fonte: Estadão