Operação policial encontrou restos mortais de Kauã João Freitas
Conforme as investigações, o que teria motivado o crime é ciúmes. O suspeito do assassinato, de 37 anos, acreditava que Kauã fazia insinuações para sua esposa. A vítima morava em Chapecó, quando, em 14 de abril, foi para o município vizinho Xaxim, para trabalhar. Lá, ele foi surpreendido pelos dois homens, que o levaram para uma chácara em Xavantina, cidade ao lado.
A operação na quarta-feira começou em Xaxim. Os policiais foram até a casa do suspeito de 18 anos, que confessou, segundo o delegado Vagner Papini, que teria participado da morte do adolescente. Depois, a equipe seguiu até um sítio em Xavantina, cujo dono é o suspeito de 37 anos.
O inquérito apontou que os dois teriam convencido o adolescente a ir com eles para o mato, e lá, o amarrado pelas mãos em uma árvore próxima a um riacho. Eles teriam falado para Kauã que o matariam. A vítima teve dois cortes feitos em formato de cruz no abdômen — os suspeitos confessaram que foi esse o ferimento que levou a morte do adolescente.
Para esconder os vestígios do crime, os suspeitos desmembraram o corpo de Kauã. Em depoimento, um dos suspeitos teria afirmado que, primeiro, cortaram a cabeça, depois, os membros superiores e inferiores. Os restos mortais, como os braços, foram escondidos em tocas de tatu espalhadas pela chácara. Já o tronco teria sido levado para outro lado do riacho.
Na operação de quarta, policiais civis e militares e cães farejadores encontraram também pedaço da corda utilizada para amarrar Kauã e um tênis que o adolescente usava no dia em que desapareceu. De acordo com o delegado, o inquérito será enviado para a Justiça.
“As buscas duraram oito horas e ainda continuam. Entretanto pelo terreno ser íngreme e pelas fortes chuvas, nós acreditamos que as partes do corpo foram levadas pelo rio”, explicou. Apesar de não terem encontrado o corpo de Kauã, os policiais já possuem provas suficientes para o crime. Os dois suspeitos tinham antecedentes criminais e foram presos temporariamente no presídio de Chapecó.
Fonte: Diário da Amazônia
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