Prints da secretária Michele Pavani e ao lado foto dela e do marido Marcelo Almo

Porto Velho, RO - Incautos, moleques, canalhas, irresponsáveis. Esse foram alguns dos adjetivos utilizados pelo marido da secretária Michele Pavani, da Semast, para definir o caráter de vários assessores diretos do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, ao denunciar a ocorrência de uma série de ocorrências de assédio moral contra ela dentro da Prefeitura.

O marido da secretária, Marcelo Almo fez a denúncia em um vídeo de pouco mais de nove minutos e que foi compartilhada por centenas de grupos de aplicativos na cidade. Segundo ele, Michele sofreu tanto assédio que por pouco não tirou a própria vida por se sentir culpada por coisas das quais não deu causa, ou não tem culpa, ou não tem poder de resolver.

Ele resolveu denunciar publicamente o que vinha acontecendo porque não permitiria mais que a esposa passasse por constrangimentos, pois há tempos vinha percebendo a tristeza da companheira. “Eu achava que era situação normal de trabalho, mas eu não sabia é que havia uns irresponsáveis, uns incautos por trás”, diz ele.

Segundo relatos dele, até pequenas questões administrativas como entrega de cestas básicas, compra de caixões e até mesmo entrega de residenciais eram transformadas em verdadeiras tempestades e ele apontada como culpada por tudo o que acontecia de errado na administração. “Eles estavam com joguinhos emocionais pra cima dela”, disse ele.

As declarações do marido a secretária vieram dias após ela fazer alguns relatos sobre o estado de saúde dela na rede social. Em um dos prints compartilhados, há frases como “(...) me destruíram, minaram minhas forças e minha saúde, levando-me a pensar que o mundo seria um lugar melhor se eu não existisse”. Com os relatos há também fotos da secretária internada.

E continua: “Adoeci porque não podia perder uma ligação de celular ou deixar de responder o Whatsapp. Tinha que ficar 24 horas a disposição do trabalho e deles, não podia estar com a minha família e tive que fazer inúmeros sacrifícios desnecessários para fazer os pedidos que me faziam. Eu trabalhava dia e noite, sem hora para comer, sem hora para voltar, tentando resolver problemas que nunca tive suporte deles para resolver”.

Os prints publicados e amplamente compartilhados na cidade dão conta da extensão do abalo sofrido pela secretária que certamente, após se reabilitar, deverá entrar com pedido indenizatório por danos morais via judicial.

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