Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) aponta rombo superior a R$ 1 bilhão nas contas do Estado. Em meio a críticas e fim de mandato, governador Marcos Rocha (UB) teria atribuído responsabilidades a três secretários: Coronel Jefferson (SESAU), Coronel Braguin (PM) e Coronel Vital. Entenda o caso, os impactos e os próximos passos

Porto Velho, RO — O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) emitiu alerta sobre um rombo superior a R$ 1 bilhão nas contas públicas do Estado. O comunicado intensificou a pressão política sobre o governador Marcos Rocha (União Brasil), que, nos últimos dias de gestão, enfrenta um turbilhão de críticas.

Diante do cenário, o chefe do Executivo teria atribuído a responsabilidade a três nomes do alto escalão: o secretário de Saúde, Coronel Jefferson (SESAU), o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Braguin, e o Coronel Vital.

O que diz o alerta do TCE

  • O Tribunal de Contas apontou desequilíbrios fiscais relevantes, indicando risco ao cumprimento de metas e limites legais.
  • O alerta visa corrigir rotas, exigir transparência e pedir planos de ajuste para evitar agravamento do déficit.
  • Entre os pontos sensíveis estão despesas de pessoal, contratos e execução orçamentária no fim de mandato.

Reação do governo

  • Em meio à repercussão, o governador Marcos Rocha teria cobrado explicações e atribuído falhas a pastas estratégicas, incluindo Saúde e Segurança Pública.
  • A movimentação foi interpretada por analistas como tentativa de deslocar responsabilidades em um momento politicamente delicado e próximo à transição.

Quem são os citados

  • Coronel Jefferson (SESAU): responsável pela pasta da Saúde, setor historicamente pressionado por altos custos e judicializações.
  • Coronel Braguin (PM): comanda a Polícia Militar, área com forte impacto em folha de pagamento e logística.
  • Coronel Vital: integrante do alto comando, citado pelo governador entre os responsáveis por decisões operacionais.

Impactos para o cidadão

  • Risco de cortes e contingenciamentos.
  • Possíveis atrasos em pagamentos e restrições em serviços essenciais.
  • Necessidade de um plano de ajuste fiscal com metas claras e cronograma de execução.

Próximos passos esperados

  • Apresentação, pelo governo, de um plano de reequilíbrio com medidas de curto e médio prazos.
  • Adoção de transparência ativa: publicação de relatórios detalhados por secretaria.
  • Acompanhamento do TCE-RO e eventuais recomendações ao Ministério Público em caso de irregularidades.

Por que isso importa

  • Um déficit acima de R$ 1 bilhão ameaça a sustentabilidade das políticas públicas e o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
  • Em fim de mandato, decisões tomadas agora influenciam a próxima gestão e a credibilidade do Estado perante fornecedores e servidores.

O que observar daqui para frente

  • Se o governo divulgará, de forma detalhada, números, contratos e justificativas por área.
  • Se haverá mudanças no secretariado ou responsabilizações formais.
  • Como o TCE-RO e o Ministério Público de Contas vão acompanhar as correções.

Nota da redação

Esta matéria busca facilitar a compreensão do tema e destacar a importância da transparência fiscal.
Atualizaremos as informações caso governo, secretarias ou o TCE-RO publiquem novas notas, relatórios ou contrapontos oficiais.