
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), e o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Foto: Carlos Moura/Agência Senado
Porto Velho, RO - A CPMI do INSS realizará na quinta-feira 4 a votação de uma lista de requerimentos de convocação que envolve nomes de perfis distintos, entre eles Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), confirmou que todos os pedidos apresentados serão apreciados.
A convocação de Lulinha foi protocolada por parlamentares do partido Novo. Eles citam operações financeiras identificadas pela comissão que envolvem a empresa ADS, o dirigente do PT Ricardo Bimbo e João Muniz Leite, contador que já atuou para o filho do presidente da República.
O requerimento afirma que a oitiva de Lulinha é necessária para esclarecer se houve algum tipo de relação entre essas movimentações e sua estrutura contábil ou empresarial. A solicitação, na prática, é uma nova tentativa de atingir politicamente o entorno do presidente.
O colegiado também deverá analisar a convocação de Jorge Messias. Congressistas que defendem sua oitiva querem esclarecimentos sobre a atuação da AGU em procedimentos relacionados a entidades investigadas pela CPMI. Messias teve na terça-feira 2 sua sabatina para o Supremo Tribunal Federal adiada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Além desses dois nomes, a pauta inclui as convocações de:Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master;
Leila Pereira, presidente do Palmeiras e proprietária da Crefisa; e
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais.
As justificativas apresentadas nos requerimentos abordam temas como operações de crédito consignado, participação de instituições financeiras no pagamento de benefícios previdenciários e eventuais impactos de medidas provisórias relacionadas ao setor.
Carlos Viana afirmou que a votação será nominal, com registro do voto de cada senador e deputado. Segundo ele, a medida busca assegurar transparência nos trabalhos da CPMI, que investiga o esquema de fraudes.
Fonte: Carta Capital


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