O massacre de Tulsa, em 1921, foi um dos piores episódios de violência racial da história dos Estados Unidos


Viola Fletcher. Foto: JIM WATSON / AFP

Porto Velho, RO - Viola Fletcher, uma das duas últimas sobreviventes do massacre de Tulsa, um dos piores episódios de violência racial da história dos Estados Unidos, faleceu aos 111 anos, informou nesta terça-feira 25 o prefeito da cidade.

Fletcher era uma criança em 1921, quando centenas de homens brancos atacaram e incendiaram o bairro negro de Greenwood, em Tulsa, uma cidade do estado de Oklahoma.

Segundo historiadores, até 300 afro-americanos foram assassinados.

“Hoje, nossa cidade lamenta a perda da Mãe Viola Fletcher, uma sobrevivente de um dos capítulos mais sombrios da história de nossa cidade”, afirmou o prefeito de Tulsa, Monroe Nichols, em um comunicado.

“Fletcher carregava 111 anos de verdade, resiliência e graça, e era uma recordação de quão longe chegamos e de quão longe ainda precisamos ir”, acrescentou.

A violência começou em 31 de maio de 1921, depois que um grupo de homens negros compareceu a um tribunal para defender um jovem afro-americano acusado de agredir uma mulher branca.

No local, eles se viram diante de uma multidão de homens brancos enfurecidos, que abriram fogo e depois saquearam e incendiaram o bairro, conhecido como “Black Wall Street”, uma das comunidades negras mais prósperas da época.

Viola Fletcher, que abandonou os estudos no ensino fundamental e enfrentou décadas de pobreza, disse que “viveu o massacre todos os dias” durante o último século.

Após sua morte, a última sobrevivente do massacre é Lessie Evelyn Benningfield, de 111 anos, seis meses mais jovem que Fletcher.

Fonte: Carta Capital