Advogado escreveu que Bolsonaro sentia “amor gay” por Trump e era “amante desses repugnantes judeus”. STJ manteve decisão
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Porto Velho, RO - O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz manteve a condenação do advogado Alexandre Lopes Reis Boeira por escrever que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sentia “amor gay” pelo mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, além de ser “amante” de judeus, numa rede social. No caso, revelado pela coluna, a pena estabelecida é de 2 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão, mais multa, pelo crime de racismo qualificado.

Na publicação, Boeira saudou o ditador nazista Adolf Hitler e enalteceu o ex-ministro da Propaganda na Alemanha Joseph Goebbels, responsável por uma grande queima de livros em 1933. Também fez postagens de cunhos transfóbico e homofóbico.

Confira:

Relator do processo no STJ, Schietti proferiu a decisão monocrática na última terça-feira (28/10), com publicação nessa segunda-feira (3/11). Cabe recurso.

Boeira não está preso. Além de poder recorrer em liberdade no processo, a pena de reclusão foi convertida na prestação de serviços comunitários e no pagamento de 20 salários mínimos.

O caso foi julgado inicialmente pela 22ª Vara Federal de Porto Alegre, que condenou Boeira em julho de 2023. O advogado recorreu, e a 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve a decisão, agora confirmada no STJ, em fevereiro de 2024. 

A Justiça avaliou que a mensagem dele sobre Bolsonaro e Trump evidencia as intenções não só de menosprezar os judeus, vítimas do Holocausto, mas também de exaltar o nazismo.

Fonte: Metrópoles.