
Porto Velho, RO - Porto Velho atravessa um dos momentos mais conturbados dos últimos anos. Ruas cheias de sacos de lixo, contêineres transbordando e um cheiro incômodo que paira sobre bairros e distritos marcam o cenário da capital rondoniense. A crise, apelidada pela própria população de “Guerra do Lixo”, é o resultado de uma disputa judicial entre duas gigantes do setor de limpeza urbana — Eco Rondônia/Marquise e Eco PVH/Amazonfort — que brigam nos tribunais pelo direito de operar a coleta de resíduos no município.
Enquanto escritórios de advocacia disputam contratos milionários “a peso de ouro”, os moradores seguem no meio do caos, enfrentando acúmulo de lixo em frente a casas, comércios e vias públicas, especialmente nas zonas Leste e Sul e em distritos como Jaci-Paraná e Nova Califórnia.
📜 Decisão Judicial: contrato emergencial mantido
Em nota oficial, a Prefeitura de Porto Velho informou que o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO) suspendeu, na terça-feira (28), a decisão de primeira instância que determinava o retorno do contrato anterior com a empresa Eco Rondônia.
Com a decisão, segue em vigor o Contrato Emergencial nº 028/PGM/2025, firmado com o Consórcio Eco PVH, atual responsável pela limpeza urbana. O contrato permanecerá até deliberação final da Justiça.
Nota oficial da Prefeitura de Porto Velho:
“A Prefeitura destaca que vem cumprindo integralmente as decisões judiciais e irá notificar a empresa contratada pelas falhas identificadas na execução da coleta desde o início dos serviços, exigindo as devidas correções de forma imediata.A Administração Municipal reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e a qualidade dos serviços públicos essenciais, assegurando que a coleta de resíduos em Porto Velho e nos distritos não sofra interrupções e seja realizada com eficiência e regularidade.”
— Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), 4 de novembro de 2025.
🗑️ Caos nas ruas: o lixo que não espera decisão
Mesmo com o novo contrato mantido, a população sente no dia a dia o impacto da instabilidade. Moradores relatam dias sem coleta, além de acúmulo de resíduos em frente a escolas, mercados e unidades de saúde.
No centro da cidade, comerciantes afirmam que o mau cheiro e a presença de urubus já afastam clientes. Nos bairros periféricos, o cenário é ainda mais grave: animais reviram o lixo espalhado e bueiros entupidos aumentam o risco de alagamentos.
“A Justiça decide, mas quem paga o preço é o povo”, lamenta um morador do bairro Castanheira.
⚖️ A “Guerra do Lixo”: disputa milionária e desgaste popular
A briga judicial entre Eco Rondônia/Marquise e Eco PVH/Amazonfort já se arrasta há meses, com liminares sendo derrubadas e restabelecidas em sequência. O caso expõe o peso político e financeiro do serviço de limpeza urbana, que movimenta cifras milionárias anuais.
De um lado, a Eco Rondônia tenta retomar o contrato anterior; do outro, a Eco PVH defende sua permanência via contrato emergencial. Ambas contam com bancas de advocacia de alto custo, que travam uma batalha jurídica intensa enquanto a cidade sofre com os reflexos.
🏙️ População pede solução definitiva
Nas redes sociais, o assunto virou pauta constante. Hashtags como #GuerraDoLixo e #LimpaPortoVelhoJá refletem a insatisfação popular e o pedido por uma solução definitiva.
A Prefeitura afirma que está “acompanhando de perto o cumprimento do contrato”, mas a sensação nas ruas é de abandono. Até que a Justiça defina quem de fato deve operar o serviço, a cidade segue dividida entre pilhas de lixo e promessas de limpeza.
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