
Bolsonaristas festejam vitória do candidato deles para presidência da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG) - Gabriela Biló-20.ago.2025/Folhapress
Porto Velho, RO - A oposição tem vasculhado as atas de reunião do Conselho Nacional de Previdência Social para checar se há registro de alguma denúncia durante o governo Jair Bolsonaro (PL), como houve no governo Lula (PT) em junho de 2023.
Um assessor do grupo na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS afirma que nada foi encontrado até agora. Nesse ritmo, diz, a ideia é tentar colar no ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi (PDT) a pecha de omisso.
A ata de uma reunião do conselho em junho de 2023 indica que a representante do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), Tonia Galleti, pediu uma discussão sobre os acordos das entidades que possuíam desconto de mensalidade junto ao INSS.
Ela pediu a quantidade de entidades, a curva de crescimento dos associados nos últimos 12 meses e uma proposta de regulamentação que trouxesse maior segurança aos trabalhadores, ao INSS e aos órgãos de controle.
De acordo com o documento, o ministro registrara que a solicitação do sindicato era relevante, mas que não haveria condições de fazê-la de imediato, "visto que seria necessário realizar um levantamento mais preciso".
Na ocasião, Lupi solicitou que o tema fosse pautado como primeiro item da reunião seguinte. No entanto, o assunto não foi discutido e só entrou na pauta do Conselho em abril do ano passado.
Questionado sobre o caso em abril, Lupi afirmou que o INSS realizou uma auditoria para apurar denúncias de descontos irregulares. Ao longo desse trabalho, segundo ele, o diretor de Benefícios do instituto foi exonerado "para que conseguíssemos ter um diagnóstico e tomar as providências cabíveis".
Galleti é alvo de quatro requerimentos de convite ou convocação na CPMI —três deles apresentados por bolsonaristas. Os pedidos ainda não foram avaliados.
Fonte: Folha de São Paulo
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