
O presidente Lula na ONU, em Nova York, em 22 de setembro de 2025. Foto: Angela Weiss/AFP
Porto Velho, RO - O presidente Lula (PT) abre nesta terça-feira 23 o Debate Geral da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Como manda a tradição desde 1955, o Brasil é o primeiro país a se pronunciar no encontro que reúne líderes de 193 nações. Logo após Lula, falará o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua primeira participação na ONU após retornar à Casa Branca.
A expectativa é de que o discurso de Lula seja marcado por contrapontos às posições do governo norte-americano, especialmente após a imposição de tarifas contra produtos brasileiros e a aplicação de sanções a autoridades do País em reação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal.
Entre os principais pontos que devem nortear o pronunciamento do presidente brasileiro estão:
- defesa da soberania nacional e das instituições, em especial o STF;
- crítica ao protecionismo e às sobretaxas comerciais impostas por Washington;
- reforço ao multilateralismo e ao papel da ONU e da OMC, pedindo reformas que reduzam a influência unilateral das grandes potências;
- agenda ambiental e climática, com destaque para a realização da COP30 em Belém, em novembro;
- defesa da paz e do diálogo diante das guerras em Gaza e na Ucrânia.
Segundo auxiliares, Lula deve se posicionar como voz de antagonismo a Trump, mas não deve citar diretamente o nome do norte-americano. A ideia é reforçar que o Brasil não aceitará interferências externas em suas instituições.
Fonte: Carta Capital
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