Taxa divulgada pelo IBGE vem em linha com as projeções do mercado financeiro

Movimentação na região da 25 de Março, que reúne trabalhadores e consumidores na capital paulista - Rafaela Araújo - 16.jul.25/Folhapress
Porto Velho, RO - A taxa de desemprego do Brasil ficou em 5,6% no trimestre até agosto, repetindo a mínima da série histórica iniciada em 2012, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse patamar já havia sido alcançado no trimestre até julho deste ano. O novo resultado veio em linha com a mediana das projeções do mercado financeiro, que também era de 5,6%, conforme a agência Bloomberg.
O desemprego recuou ante a taxa de 6,2% registrada no trimestre até maio, que serve de base de comparação.
O IBGE evita o confronto direto entre intervalos com meses repetidos, como é o caso dos finalizados em julho e agosto, quando o indicador atingiu a mínima de 5,6%.
De acordo com o instituto, o número de desempregados foi estimado em 6,08 milhões no trimestre mais recente. É o menor da série histórica.
A mínima anterior (6,10 milhões) havia sido alcançada nos três meses encerrados em dezembro de 2023.
A população desempregada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que seguem em busca de oportunidades.
Os dados do IBGE integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento investiga tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.
O emprego vem em uma trajetória de recuperação após a pandemia. Segundo analistas, o movimento refletiu o desempenho aquecido da economia em meio a medidas de estímulo do governo federal, além de mudanças demográficas e impactos da tecnologia.
A geração de vagas de trabalho e renda serve de incentivo para o consumo. A demanda constantemente aquecida, por outro lado, pode pressionar a inflação.
Para conter o ritmo de aumento dos preços, o BC (Banco Central) promoveu um choque na taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano. Os juros altos tendem a desacelerar a economia –sinais disso já apareceram no PIB (Produto Interno Bruto).
Fonte: Folha de São Paulo
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