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Comissão Especial da Câmara de Porto Velho visitou, na manhã desta quarta-feira, o escritório da Marquise para acompanhar a transição do serviço de coleta de lixo para a Amazonfort. Parlamentares conheceram a operação com balsa no Baixo Madeira, a logística nos distritos e na capital, o sistema de gestão de frotas Mobis e defenderam que não haja queda de qualidade nem demissões em massa.
Porto Velho, RO - A Comissão de Acompanhamento da Transição do Serviço de Coleta de Lixo da Câmara Municipal vistoriou, nesta quarta-feira, o escritório e a operação da Marquise em Porto Velho. O objetivo foi entender, in loco, como funciona a coleta na capital, nos distritos e no Baixo Madeira, em meio ao processo de transição para a empresa Amazonfort, e assegurar que os níveis de qualidade sejam mantidos.
Durante a visita, os parlamentares conheceram a logística fluvial no Baixo Madeira. Segundo a equipe técnica da Marquise, a balsa utilizada hoje opera com capacidade três vezes maior do que a prevista originalmente no edital elaborado há quase dez anos. Na época, havia ceticismo quanto à viabilidade da coleta por balsa e à aceitação da população. “Antes muitos queimavam o lixo ou despejavam em pontos irregulares. Hoje, essa prática praticamente acabou, o que significa um salto ambiental importante para as comunidades ribeirinhas”, relataram representantes da companhia. Além do ganho ambiental, a empresa destacou a geração de empregos locais com carteira assinada.
Eficiência operacional e controle de frotas
A Marquise apresentou o sistema Mobis 2, plataforma de telemetria que monitora consumo e performance dos caminhões por meio de indicadores como rotação alta em marcha lenta, excesso de velocidade, frenagens e acelerações bruscas. O indicador EPK (Eventos por Quilômetro) classifica a direção dos motoristas e sustenta um ranking interno de melhores práticas. Segundo a empresa, a ferramenta resultou em melhoria de cerca de 10% na média de quilômetros por litro, alcançando 1,79 km/l, reduzindo desperdício de diesel sem perda de produtividade.
Dimensionamento de equipes: 3 garis por caminhão
Um ponto central discutido pela Comissão foi a possibilidade de reduzir de três para dois garis por caminhão em um contrato emergencial. A Marquise argumentou que a operação padrão com três coletores é necessária para cumprir rotas no tempo regulamentar, preservar a saúde dos trabalhadores e evitar horas extras em massa. Com três funcionários, um caminhão enche em cerca de quatro horas; com dois, o tempo aumenta em torno de 30%, o que, somado ao esforço físico — em média, cada trabalhador lança mais de seis toneladas por dia no compactador — colocaria em risco o atendimento integral das rotas. A empresa também relatou manter reserva técnica devido a absenteísmo médio de 19%, garantindo cobertura de faltas sem comprometer o serviço.
Preocupações da Câmara: qualidade, empregos e continuidade do serviço
Os vereadores reforçaram que a população de Porto Velho “não pode pagar o pato” por eventuais disputas institucionais.
A Comissão quer transparência sobre:
- Dimensionamento de frota e pessoal na transição;
- Capacidade de atendimento integral do município (capital, distritos e Baixo Madeira);
- Possível impacto em empregos de garis e demais colaboradores;
- Manutenção dos padrões de qualidade, segurança e regularidade da coleta.
Próximos passos
A Comissão informou que consolidará um relatório com as informações coletadas para orientar o posicionamento da Casa junto aos órgãos de controle e à sociedade. A prioridade é garantir continuidade do serviço sem queda de qualidade e com respeito aos trabalhadores. A Marquise afirmou manter portas abertas para fornecer dados gerais e colaborar no processo.
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