A ex-primeira-dama alegou que a presença de policiais para garantir o cumprimento das medidas cautelares impostas pelo STF e evitar uma eventual fuga do ex-capitão seria uma ‘humilhação’


O ex-presidente Jair Bolsonaro e Michelle. Foto: Alan Santos/PR

Porto Velho, RO - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) reclamou, em uma rede social, do ‘monitoramento integral’ de sua residência, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira 26. A publicação foi feita pouco após a oficialização da decisão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e classificou a ordem judicial como uma ‘humilhação’.

“A cada dia que passa o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com as incertezas e suportar as humilhações”, reclamou a ex-primeira-dama. “Mas não tem nada, não. Nós vamos vencer”, escreveu antes de passar a mencionar Deus e outros temas religiosos.

Na ordem emitida nesta terça, o ministro determinou que equipes da Polícia Penal do Distrito Federal devem realizar vigilância em tempo real do endereço residencial de Bolsonaro. A decisão atende a um pedido apresentado pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), que solicitou o reforço no monitoramento para evitar uma eventual fuga.

O monitoramento integral, de acordo com o ministro, deve ser feito de forma discreta, sem “exposição indevida, inclusive midiática”, e sem adotar medidas que invadam a esfera domiciliar ou perturbem a vizinhança. A Polícia Federal havia sugerido que a vigilância fosse mais intensa, com agentes no interior da residência.

O governo do DF, que será o responsável pelo cumprimento da decisão, já foi notificado. Cabe ao secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, dar início ao monitoramento.

Bolsonaro, convém lembrar, está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, em Brasília, e usa tornozeleira eletrônica após descumprir uma série de medidas cautelares impostas durante a investigação da trama golpista. O ex-presidente é réu no caso e será julgado na próxima terça-feira, 2 de setembro.

Fonte: Carta Capital