Alzheimer

Porto Velho, RO - Boas notícias! Uma equipe da Havard Medical School, liderada pelo professor Bruce A. Yankner, identificou que a deficiência de lítio no cérebro pode estar diretamente ligado ao surgimento e progressão da doença de Alzheimer. O estudo foi publicado na Nature.


Dr. Bruce Yankner

Lítio VS Alzheimer

Ao analisarem amostras de cérebros humanos, provenientes do Banco de Cérebros da Rush University em Chicago, os pesquisadores constataram que:Entre cerca de 30 elementos metálicos investigados, somente o lítio apresentou redução significativa nas pessoas com Alzheimer ou declínio cognitivo leve.

Além disso, verificou-se que placas de proteína beta-amilóide “aprisionam” o lítio, impedindo-o de exercer sua função protetora no cérebro.

Em seguida, em camundongos, os cientistas reduziram deliberadamente o lítio na dieta, e rapidamente, observaram a deterioração da memória, aumento das placas amilóides e sinais de neurodegeneração.

A nova abordagem terapêutica

Quando forneceram orotato de lítio (um composto menos propenso a se ligar às placas), os animais recuperaram a memória e tiveram redução das lesões cerebrais.

Essa nova abordagem, ao invés de focar exclusivamente na beta-amilóide ou na tau, pode atuar como agente neuroprotetor amplo, oferecendo caminho para:

  • Diagnóstico precoce;
  • Prevenção;
  • Tratamento.

Mas, apesar dos resultados satisfatórios, ainda, são necessários mais ensaios clínicos em humanos e é vital evitar o uso não supervisionado de suplementos de lítio. Isso por conta dos seus riscos tóxicos.

Enfim, embora o lítio seja conhecido por seu uso como estabilizador de humor, esta descoberta oferece perspectiva inédita sobre seu papel essencial no cérebro saudável e seu potencial como arma de combate ao Alzheimer.

Fonte: Fatos Desconhecidos