
A partir de 26 de maio de 2025, uma nova obrigatoriedade entra em vigor para as empresas brasileiras: elas terão que implementar planos de saúde mental e realizar a avaliação de riscos psicossociais na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho
Porto Velho, RO - A saúde psicológica dos trabalhadores precisa passar a ocupar um lugar de maior destaque na agenda das empresas. Com a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que trata da gestão de riscos ocupacionais, as organizações precisam adotar medidas para prevenir danos ligados a fatores psicossociais, como estresse, assédio e esgotamento emocional.
Diante dessa questão, a Inteligência Artificial pode ser uma aliada. Segundo Rafael Sanchez, CEO da Evolução Digital — empresa especializada em soluções de IA para PMEs, profissionais liberais e redes de negócios —, a tecnologia oferece ferramentas acessíveis para implementar práticas mais seguras e cumprir as exigências da norma.
Veja abaixo cinco passos práticos para usar a IA na promoção de ambientes emocionalmente saudáveis:
1. Mapeamento de riscos com IA conversacional
Chatbots empáticos e soluções de escuta ativa permitem identificar sinais de estresse, cansaço extremo e conflitos logo nos primeiros contatos com os trabalhadores.
Essas interações ajudam a mapear riscos em tempo real, de forma contínua, permitindo que a empresa cumpra a exigência de reconhecimento dos perigos prevista na NR-1.
2. Geração automática de evidências
A documentação dos atendimentos feita por IA é segura, criptografada e estruturada com relatórios de tendências e planos de ação.
Esse tipo de registro facilita auditorias e está alinhado às exigências do eSocial e do e-SUS, otimizando o processo de prestação de contas.
3. Alerta antecipado para RH e CIPA
Por meio de dashboards inteligentes, a tecnologia fornece sinais de alerta sobre possíveis casos de burnout, assédio e outros indicadores críticos.
A IA funciona como um radar emocional para os times de Recursos Humanos e comissões internas, promovendo intervenções antes que a situação se agrave.
4. IA como parceira, não substituta
A tecnologia pode sugerir ideias, cruzar dados e rascunhar documentos, mas a escuta sensível, a mediação de conflitos e a tomada de decisão ainda dependem das pessoas.
A recomendação é usar a IA como copiloto, liberando os profissionais para tarefas que exigem empatia e vínculo humano.
5. Acompanhamento contínuo e ajustes frequentes
A norma exige melhoria contínua. A tecnologia ajuda a acompanhar indicadores como absenteísmo, clima organizacional e rotatividade, por meio de métricas como o NPS interno.
Com dados acionáveis, é possível revisar os planos com frequência e adotar um ciclo PDCA — Planejar, Executar, Verificar e Agir — mais ágil e eficaz.
Fonte: Carta Capital
0 Comentários