O país tem registrado forte atividade sísmica desde 8 de julho


Dezenas de casas foram destruídas por fortes tremores de terra na Guatemala. Foto: Bomberos Municipales Departamentales / Guatemala's Bomberos Municipales Departamentales / AFP

Porto Velho, RO - Dois tremores com magnitudes 5,6 e 5,3, respectivamente, sacudiram nesta terça-feira 29 a Guatemala, sem causar vítimas, mas deixando rachaduras e desmoronamentos parciais em residências de dois vilarejos próximos à fronteira com El Salvador, onde os abalos também foram sentidos com intensidade.

A Guatemala tem registrado forte atividade sísmica desde 8 de julho, quando foi sacudida por um sismo de magnitude 5,7 que deixou sete mortos, cerca de 15 mil atingidos e 2.170 residências com danos variados.

Os tremores desta terça causaram rachaduras e desmoronamentos parciais em paredes de várias casas e em uma igreja católica nos municípios de Comapa e Zapotitlán, a cerca de 120 km da capital, segundo imagens difundidas por moradores locais nas redes sociais.

“Aqui foi forte e continua assim. Ainda estamos sentindo [os tremores]. Há várias casas afetadas e pessoas feridas”, disse à AFP por telefone Lucia García, chefe da Direção da Mulher da prefeitura de Comapa.

García também reportou quedas de energia na cidade. Em alguns estabelecimentos comerciais, os produtos exibidos nas prateleiras caíram.

Na capital Cidade da Guatemala, onde os alarmes antissísmicos foram acionados, dezenas de pessoas foram retiradas de edifícios.

Os bombeiros informaram que levaram oito pessoas para hospitais em Comapa para estabilizá-las, sem especificar se por ferimentos ou crises nervosas.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), os tremores com magnitudes 5,6 e 5,3 foram registrados às 15h21 e 15h25 locais (18h21 e 18h25 em Brasília) e, pouco depois, houve uma réplica de magnitude 4,8, todos com epicentro no departamento de Jutiapa (leste).

Os tremores foram sentidos com força em El Salvador, onde alguns danos foram registrados em uma igreja em Ahuachapán, perto da fronteira com a Guatemala, e com menor intensidade no oeste da também vizinha Honduras, segundo relatos locais.

A porta-voz da Coordenação Nacional para a Redução de Desastres guatemalteca (Conred), Valeria Urizar, informou a jornalistas que “os danos causados pelo sismo estão sendo avaliados”.

O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, pediu à população que mantenha “a calma” e “siga os protocolos” de segurança para esses casos.

No ano passado, tremores em Sacatepéquez e na Cidade da Guatemala tiveram 18 réplicas — tremores secundários — em oito horas.

Em 2019, um sismo em Sacatepéquez causou mais de 400 réplicas durante dois meses, segundo registros do instituto local de sismologia.

Fonte: Carta Capital