
Influenciadores Richard e Roxxane Pink, que convivem com o transtorno, expõem em livro suas vivências e as experiências trocadas com mais de 2,5 milhões de seguidores nas redes sociais
Porto Velho, RO -
Na obra, Richard e Roxanne Pink compartilham histórias honestas de quem tem o transtorno e de quem convive com ele. O casal britânico revela as 10 grandes mentiras nas quais as pessoas com TDAH acreditam e as convida a virar o jogo. De forma franca e gentil, ambos desmistificam no livro o tema do qual tratam diariamente com mais de 2,5 milhões de seguidores em suas redes sociais.
Rox, diagnosticada com TDAH, e o marido, neurotípico, analisam os desafios que rondam os neurodivergentes e que atrapalham o desenvolvimento, sociabilidade e bem-estar. Vícios, traumas, automutilação e relacionamentos familiares estão entre os temas abordados na obra.
Os escritores aprofundam desde a crença de ser preguiçoso e desorganizado até a ideia de ser odiado por todos, passando pela terrível sensação de desistir de tudo o que começa. A preguiça, por exemplo, pode estar associada à “disfunção executiva”, caracterizada por problemas em planejar, organizar, iniciar tarefas, manter o foco, regular as emoções e tomar decisões.
Carregamos uma identidade moldada pela ideia de que somos exagerados e excessivamente carentes, como se precisássemos administrar nossos sintomas sem incomodar os outros com nossos pequenos dramáticos problemas. Esse é um dos piores mitos relacionados ao TDAH (o de que somos um fardo), pois faz com que nos sintamos isolados e desencorajados de pedir ajuda, além de nos deixar sem saber que rumo tomar.
(TDAH Sem Mitos, p. 155)
Em TDAH Sem Mitos, a dupla ajuda leitores a identificarem as próprias limitações, ensinando-os a adotar uma mentalidade de autocompaixão e a explorar as potencialidades da vida com o transtorno. Mais do que ensinar sobre produtividade, Rich e Rox perceberam a necessidade de reduzir o alto nível de depreciação de pessoas que se consideram um fardo.
Ao tratar essas vozes desdenhosas como conversa-fiada, os autores destacam a importância do autoconhecimento para trilhar uma jornada de transformação e encorajam os neurodivergentes a descobrirem a própria verdade. Para eles, aceitação, felicidade e uma vida gratificante dependem, também, de ajustar a bússola interna para que ela conduza a lugares melhores.
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