Vamos filosofar

O Presente Perigoso: Uma Era de Ignorância, Fanatismo e Suicídio Coletivo.

Vivemos um tempo carregado de tensão, incerteza e escolhas perigosas. O presente se tornou um campo minado, não apenas por suas crises naturais ou econômicas, mas por uma aposta cega em políticos extremistas, movidos por ideologias radicais que desprezam o diálogo e a convivência democrática. O mundo parece ter perdido o juízo, ou pior, abraçado a loucura como forma de poder.

A guerra entre Irã e Israel é o retrato trágico dessa insanidade coletiva. Alimentada por décadas de ódio, disputas territoriais, interesses geopolíticos e fanatismo religioso, essa guerra não é apenas um confronto entre dois países, mas uma ameaça ao equilíbrio global. Como numa roleta russa, a humanidade gira o tambor carregado de ogivas nucleares e drones assassinos.

O que vemos é o suicídio coletivo da razão. Enquanto bilhões de pessoas lutam por sobrevivência, educação, saúde e dignidade, líderes inflamados escolhem o caminho da destruição. É um mundo onde o conhecimento é substituído pela desinformação, onde a ignorância não apenas prospera, ela governa.

As redes sociais, a polarização política e o desmonte da verdade criaram o ambiente perfeito para a ascensão de populistas perigosos. Em nome da “segurança” e da “pátria”, se legitimam massacres, se banaliza o mal, e se romantiza a guerra.

A pergunta que se impõe é: o que fizemos da civilização?

De Rousseau a Kant, os filósofos alertaram para o risco de renunciarmos à razão crítica. Já Hannah Arendt falou sobre a “banalidade do mal", como o horror pode se instalar de maneira burocrática, silenciosa e legalizada. E é exatamente isso que vivemos: uma normalização do absurdo, onde a vida humana perde valor diante do lucro, do petróleo, do ego e da ideologia.

É tempo de despertar. De reerguer a lucidez. De substituir a ignorância pela consciência. De parar de brincar com fósforos perto de barris de pólvora.

Prof. De Assis Teixeira
Mestre em história.
E tenho Dito.