
O rapper Bob Vylan. Foto: Oli SCARFF / AFP
Porto Velho, RO - A polícia britânica abriu, nesta segunda-feira (30), uma investigação após os comentários contra Israel feitos no sábado pela dupla de rap Bob Vylan durante sua apresentação no festival de Glastonbury.
Além da Bob Vylan, a investigação envolve a banda norte-irlandesa Kneecap, que também fez comentários contra Israel no palco deste prestigioso festival britânico.
“Após revisar as gravações de vídeo e áudio das apresentações” de ambos os grupos, “decidimos que é necessário continuar investigando e foi iniciada uma investigação criminal”, declarou a polícia de Avon e Somerset, no sudoeste.
Durante o show, um dos dois rappers pediu ao público que cantasse “Morte, morte à IDF!”, o acrônimo das Forças de Defesa de Israel.
Os comentários feitos durante o show de sábado foram amplamente condenados, com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarando que “não há desculpa para esse tipo de discurso de ódio terrível”.
A polêmica adquiriu uma dimensão internacional na segunda-feira, quando os Estados Unidos revogaram os vistos dos dois rappers, poucos meses antes de sua turnê americana.
“Estrangeiros que glorificam a violência e o ódio não são bem-vindos em nosso país” publicou o subsecretário de Estado, Christopher Landau, no X.
A BBC, que transmitia ao vivo o show da dupla através da sua plataforma dedicada ao festival, declarou que lamentava não ter interrompido a transmissão
A rede “lamenta” não ter interrompido a transmissão do show da dupla de rap Bob Vylan, que fez comentários anti-Israel durante sua apresentação no Festival de Glastonbury no sábado, disse o grupo de transmissão pública nesta segunda-feira (30).
A BBC observou que “milhões de pessoas” assistiram à sua cobertura do festival, “mas uma apresentação nas transmissões ao vivo incluiu comentários profundamente ofensivos”.
“A BBC respeita a liberdade de expressão, mas se opõe veementemente à incitação à violência”, acrescentou a emissora.
O regulador Office of Communications (Ofcom) considerou que a emissora tem “respostas” a dar sobre esse assunto.
Fonte: Carta Capital
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