Cerca de 700 ex-funcionários das empresas Três Marias e Rio Madeira aguardam pagamento de verbas rescisórias; manifestação pacífica está marcada para segunda-feira

Porto Velho, RO - Em um cenário que se arrasta por uma década, ex-trabalhadores das empresas de transporte coletivo Três Marias e Rio Madeira, de Porto Velho, anunciaram uma manifestação pacífica para a próxima segunda-feira, dia 9 de junho. O protesto visa chamar atenção para a prolongada batalha judicial pelo pagamento de direitos trabalhistas básicos, como férias, 13º salário e FGTS, que afeta aproximadamente 700 famílias.

O caso, que se transformou em um dos mais longos processos trabalhistas da história recente de Rondônia, ganhou novo capítulo com o comunicado oficial emitido pela Comissão Independente dos Ex-trabalhadores. No documento, os manifestantes reivindicam a nomeação da juíza Dra. Fernanda Antunes para conduzir o processo, considerando sua profunda familiaridade com o caso, evidenciada por uma sentença de mais de 300 páginas que detalha as transações patrimoniais dos executados.

"A situação é especialmente crítica porque grande parte dos ex-funcionários são hoje idosos, que dedicaram anos de suas vidas às empresas e agora enfrentam dificuldades para garantir o próprio sustento", destaca o comunicado oficial da Comissão.

De acordo com informações dos advogados que representam os trabalhadores, existem bens penhorados suficientes para quitar os valores devidos. No entanto, a execução da dívida continua sem resolução efetiva, mesmo após uma década de tramitação judicial.
Histórico do caso

O conflito teve início em 2015, quando as empresas Três Marias e Rio Madeira tiveram seus contratos com o município de Porto Velho encerrados por caducidade. Na época, conforme registros do Ministério Público do Trabalho, foi realizado um acordo judicial na 1ª Vara do Trabalho de Porto Velho para o pagamento das rescisões contratuais, que, no entanto, não foi cumprido integralmente.

Reivindicações atuais

  • Entre as principais demandas dos ex-trabalhadores estão:
  • Marcação de audiência com intimação pessoal dos antigos empregadores
  • Venda imediata dos bens dos devedores
  • Liberação dos valores já disponíveis no processo
  • Maior celeridade na resolução do caso pela Justiça do Trabalho

A manifestação está programada para iniciar às 6h da manhã de segunda-feira, sem horário previsto para encerramento, e conta com o apoio de entidades sindicais e representantes da sociedade civil.

Fonte: Painel Político