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Antônio Oliveira Brito - É Tesoureiro do MDB em Cacoal e Pós-Graduado/Especialista em Ciência Política
Porto Velho, RO - A manifestação do Secretário-Geral do Diretório Estadual do MDB de Rondônia ecoa um profundo sentimento de preocupação com a atual situação do partido. Suas palavras pintam um quadro sombrio, contrastando o presente de "incerteza e fragilidade institucional" com o passado glorioso de uma "agremiação vigorosa" que outrora liderou o estado e desempenhou um papel crucial em seu desenvolvimento.
A crítica central do Secretário-Geral recai sobre a postura "ambígua" do atual Presidente Estadual, o Deputado Federal Lúcio Mosquini. Ao expor a contradição entre as declarações públicas de intenção de deixar o partido e a sua permanência no cargo até a janela partidária de 2026, o Secretário-Geral lança luz sobre um impasse que paralisa a legenda.
Sua análise aponta para as consequências diretas dessa indefinição: um MDB "refém das aspirações político-eleitorais de Mosquini". A manutenção da presidência, mesmo com um discurso de saída, mina a credibilidade do partido e obstaculiza qualquer esforço de reestruturação interna.
A voz do Secretário-Geral clama por uma ação imediata, alertando para a incompatibilidade da atual realidade com a história e a relevância que o MDB já possuiu em Rondônia. Sua fala ressoa como um apelo urgente por uma mudança de rumo, antes que a "fragilidade institucional" se torne um dano irreparável para o futuro da legenda no estado.
A permanência de Mosquini no comando do MDB tem travado os esforços de reestruturação do partido, impedindo a renovação de lideranças e a articulação de projetos regionais. A crise, no entanto, é agravada pelo silêncio do senador Confúcio Moura, que, ao invés de liderar a busca por soluções, mantém-se distante e omisso.
Fontes próximas ao partido relatam que o senador trata a legenda como uma instituição alheia ao seu mandato, demonstrando desinteresse nas questões internas. Um exemplo citado é a atuação do Senador da República Confúcio na capital do café, onde indica membros do MDB e familiares para cargos municipais e destina recursos federais, sem envolver o diretório municipal, que toma conhecimento dos eventos pelas redes sociais.
A ausência de envolvimento do Senador Confúcio Moura, que já foi governador do estado, levanta questionamentos sobre suas estratégias políticas futuras e preocupa os membros do MDB. O silêncio do Senador, aliado à postura ambígua de Mosquini, coloca o partido em uma encruzilhada, ameaçando seu protagonismo histórico no estado.
Diante desse cenário, o MDB de Rondônia se vê diante de uma escolha crucial: promover uma transição de liderança imediata, com clareza e legitimidade, ou arriscar aprofundar seu isolamento político e perder a relevância no cenário estadual. A omissão de Confúcio Moura, no entanto, lança uma sombra de incerteza sobre o futuro do partido e a capacidade de superar a crise.
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