Caso de falsificação para benefício previdenciário vem à tona após briga familiar, resultando em investigação e suspensão da pensão

Porto Velho, RO - Em 1986, uma trama familiar de falsificação mudou os rumos da vida de Ana Lúcia, então com 15 anos. Conceição de Oliveira, sua avó, registrou-a como filha de seu irmão, um ex-combatente sem herdeiros, com o objetivo de assegurar o benefício previdenciário deixado por ele. Durante mais de três décadas, o esquema funcionou sem levantar suspeitas, garantindo a pensão para a jovem.

No entanto, o pacto de silêncio foi rompido em dezembro de 2021, quando Conceição exigiu que Ana Lúcia aumentasse o valor mensal que repassava a ela, pedindo R$ 8.000. Diante da recusa, a avó cumpriu sua ameaça e denunciou o esquema à Polícia Civil.

Com a denúncia, a pensão foi suspensa, e o caso passou a ser investigado. A situação ganhou um novo capítulo em maio de 2022, quando Conceição faleceu, deixando Ana Lúcia como a única responsável legal pelos atos ilícitos cometidos.

O caso serve como um alerta para fraudes previdenciárias, que, além de serem crimes, podem resultar em consequências severas para os envolvidos, especialmente em disputas familiares. A investigação continua em andamento, enquanto Ana Lúcia enfrenta a possibilidade de responder judicialmente pelos crimes.