Acidente causou lesões severas e reacendeu debate sobre segurança em esportes femininos. // Foto: Reprodução

Porto Velho, RO - Uma partida de vôlei escolar nos Estados Unidos, em setembro de 2022, mudou drasticamente a vida de Payton McNabb, uma jovem de 17 anos.

Durante o jogo, um atleta transgênero do time adversário atingiu a cabeça e o pescoço da estudante com a bola, provocando perda de consciência imediata. Posteriormente, foi confirmado que ela sofreu um traumatismo cranioencefálico, resultando em paralisia parcial no lado direito do corpo, dificuldades de fala e visão prejudicada.

Após o incidente, Payton passou a depender de cuidados intensivos de sua mãe, Pamela McNabb. “Ela enfrentou dores debilitantes, dificuldade para dirigir e precisou de assistência para realizar tarefas cognitivas básicas”, afirmou Pamela, destacando que sua filha, antes independente e ativa, enfrentou uma realidade de profundas limitações físicas e emocionais.

Meses após o ocorrido, Payton decidiu retomar gradualmente sua participação em esportes, como basquete e softball, mesmo enfrentando dores constantes e dificuldades motoras. Apesar de seu esforço, as sequelas permanentes frustraram seus planos de ingressar em uma equipe universitária.

O caso gerou repercussão nacional nos EUA, especialmente após Payton e sua família defenderem publicamente a implementação de políticas para preservar a segurança em competições femininas. Ela testemunhou no legislativo da Carolina do Norte em apoio à “Fairness in Women’s Sports Act”, que visa impedir a participação de atletas transgênero em equipes femininas.

A medida foi aprovada após o veto do governador democrata Roy Cooper ser derrubado.

Hoje, 24 estados nos EUA ainda permitem a inclusão de atletas transgênero em competições femininas, uma política que, segundo críticos, aumenta os riscos físicos para atletas mulheres. Pamela McNabb fez um apelo público aos pais para pressionarem escolas e legisladores a adotarem medidas de proteção.

“Não permitam que a experiência da minha filha se torne a de seus filhos. Questionem as decisões das escolas e exijam mudanças”, concluiu Pamela.

Enquanto isso, Payton continua a lutar para superar os desafios impostos pelo acidente, emergindo como uma voz ativa no debate sobre segurança nos esportes femininos e inclusão.

Fonte: O Antagonista