Tenente-coronel estaria enviando, via interlocutores, informações sobre andamento de processos

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), deixa prédio anexo do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, após prestar depoimento para o ministro Alexandre de Moraes - Fellipe Sampaio/Supremo Tribunal Federal via Reuters

Porto Velho, RO - Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) receberam a informação de que o tenente-coronel Mauro Cid estaria funcionando como pombo-correio, enviando, por meio de interlocutores, informações sobre o andamento de processos aos demais investigados que são citados em sua delação premiada.

PÉ DE OUVIDO

A informação aumentou a desconfiança de magistrados em relação a Cid. Na condição de colaborador, ele não poderia manter contato, sequer indireto, com outros investigados.

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Informações sobre como cada um dos investigados estaria sendo citado por Cid, e como eram as abordagens do STF sobre os crimes, auxiliaria cada um deles a elaborar uma própria defesa para justificar atos que cometeram e que estavam sendo relatados na delação.

BALANÇA

O acordo de colaboração de Cid esteve em risco depois da revelação de que militares teriam planejado assassinar Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes. Ele teria omitido informações, o que é proibido no acordo.

NÃO CAI

Na quinta (21), ele foi chamado a depor novamente. O ministro Alexandre de Moraes ouviu suas argumentações por três horas e decidiu manter a delação, livrando Cid de voltar para a cadeia.

Fonte: Folha de São Paulo