Autoridades do Gabinete do Governador de Santa Cruz confirmaram o caso. Foto: Governo de Santa Cruz
O paciente tem 26 anos e também foi diagnosticado com diabetes; Ele está internado desde o fim de outubro.Porto Velho, RO - As suspeitas acabaram por ser verdadeiras. A Secretaria de Saúde (Sedes) de Santa Cruz confirmou nesta segunda-feira a detecção de um caso de fungo preto em um paciente de 26 anos, internado desde o final de outubro.
"Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 26 anos, que está internado em um hospital de segundo nível. É um paciente que deu entrada no Pronto Socorro no dia 30 de outubro apresentando fraqueza, desconforto geral, dor retroocular", explicou o coordenador de Redes Urbanas, Carmelo Salvatierra.
Além disso, detalhou o delegado, o homem apresentava edema no rosto e lesões no palato mole. O paciente também é positivo para diabetes. Com todos esses indícios, surgiu a suspeita de que poderia ser um caso de fungo negro; Isso já foi confirmado por exames laboratoriais especializados.
"É uma doença oportunista, que ataca a pessoa com defesas baixas. Ele encontrou nesse jovem de 26 anos um corpo ideal para atacar", disse Salvatierra.
FUNGO PRETO
Com os resultados positivos, a equipe da Sedes foi verificar a aplicação do protocolo para o atendimento do paciente, que ainda está internado, em observação e em tratamento.
"É um caso da cidade de Santa Cruz, é um caso autóctone. Esta doença de Mucormicose ou fungo negro é uma doença oportunista; Uma doença rara a nível global, a nível nacional. Foi associado às vezes à Covid-19 e à imunossupressão sofrida por esses pacientes, porque durante a pandemia foram dois pacientes positivos", disse o gerente de Epidemiologia da Sedes Santa Cruz, Carlos Hurtado.
Ele observou que os sintomas iniciais são muitas vezes semelhantes aos de doenças respiratórias, incluindo a cárie. "Não é transmitido de pessoa para pessoa, você pode ficar doente ou contagioso, inalando os esporos dos fungos que existem na superfície contaminada; é uma doença que se espalha pelo meio ambiente", disse Hurtado.
Uma vez confirmado o caso, foram acionadas as medidas necessárias para controlá-lo. O gerente de Epidemiologia explicou que entre elas estão o isolamento do paciente em um quarto só para ele, desinfecção completa do quarto em que ele estava internado, lavagem frequente das mãos pelo pessoal de saúde, uso de máscaras, já que o contágio é por inalação.
"Também vamos investigar os contatos, a família, se não há pessoas imunocomprometidas. Talvez no hospital tenhamos feito a pesquisa hoje (segunda-feira) à tarde. Peça às pessoas que foram contatadas, caso tenham algum sinal e sintoma, que procurem um posto de saúde para poder fazer o diagnóstico", disse Hurtado.
Sem o tratamento adequado, essa doença tem 80% de chance de mortalidade, segundo o epidemiologista.
Fonte: La Razón - Por: AYLIN PEÑARANDA, La Paz, Bolívia
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