O vídeo foi gravado pelos próprios criminosos. Segundo a adolescente, ela acredita ter sido dopada e estuprada

Porto Velho, RO - Uma adolescente de 15 anos denunciou ter sido estuprada em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense (RJ). O caso aconteceu na última sexta-feira (3/11). A jovem só descobriu sobre o ocorrido, após ver, na companhia das duas irmãs, um vídeo do crime, gravado pelos autores. A denúncia sobre o crime foi registrada na 58ª Delegacia de Polícia.

De acordo com informações do G1, a vítima estava desacordada, quando foi violentada por dois criminosos, um de 22 anos e outros 20. Em um vídeo compartilhado pela adolescente nas redes sociais, ela explica como ocorreu a situação.

Segundo ela, após terem realizado desafios envolvendo consumo de bebidas alcoólicas, ela acredita ter sido dopada. No vídeo, é possível ver que a adolescente está desacordada. Em determinado momento, um dos agressores chega a bater no rosto dela.

A irmã da menina disse que a família teve dificuldade para efetuar o registro de denúncia. A primeira tentativa ocorreu no último sábado (4/11), mas os agentes da 58ª DP pediram que fossem ao hospital realizar um exame de corpo de delito. Quando retornaram à delegacia, ainda tiveram de aguardar, pois os policiais deram prioridade aos casos que chegaram da rua.

No fim, a jovem não teve a ocorrência atendida. “Nisso, por conta dos remédios, a minha irmã começou a sangrar pela vagina e sentir muita dor. O delegado não atendeu a gente e não finalizamos o RO”, relatou a irmã da vítima.

Ao Metrópoles, a Polícia Civil do Estado Rio de Janeiro (PCRJ) explicou, em nota, que realizou diligências iniciais para apurar os fatos ocorridos. Um inquérito será enviado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, que prosseguirá com a investigação.

Sobre a falha no atendimento da denúncia, o órgão explicou que realizará procedimento interno para apurar a conduta dos agentes envolvidos com a ocorrência. “O relato não é compatível com as orientações da Polícia Civil para o atendimento ao público, especialmente por se tratar de vítima menor de idade”, afirmaram.

Fonte: Metropoles