Em outro vídeo, gravado em um supermercado, quem faz os agradecimentos é a estudante Shahed al-Banna

Porto Velho, RO - O Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, conseguiu enviar comida e água para famílias de brasileiros que estavam em situação de maior desespero na região sul da Faixa de Gaza, onde aguardam a abertura do posto de Rafah para serem levados pelo Itamaraty para o Egito e, depois, repatriados.

"Dá para bastante dias, então agradeço", diz Hasan Said Rabee. Na véspera, ele havia dito que já não tinha água limpa para beber. "Estamos sem luz, e água só tem salgada [para beber]. A comida está acabando", havia dito. Ele está com a mulher e duas filhas, de três e seis anos, na casa de parentes em Khan Yunis.

Em outro vídeo, gravado em um supermercado, quem faz os agradecimentos é a estudante Shahed al-Banna.

A cidade, que segue sendo bombardeada, está fora da zona de exclusão determinada por Israel sua operação visando destruir o Hamas, grupo terrorista que administra Gaza desde 2007.

Lá estão 16 das 26 pessoas que o Itamaraty quer tirar da região, 22 delas brasileiras e as outras, com residência no Brasil. As outras estão em Rafah, 10 km distante e onde fica a fronteira.

Falta acordo, contudo, triangulado entre o Egito, Israel e o Hamas para permitir a saída –a ditadura do Cairo teme o influxo desgovernado de outros refugiados. Países com mais musculatura diplomática, como os EUA, que têm cerca de 500 moradores por lá, também têm pressionado pela operação. (Igor Gielow)