Reunião da Mesa de Negociação acontece na próxima quinta-feira (10/8) com expectativa de proposta do governo para servidores do Executivo

Porto Velho, RO - Servidores do Executivo federal esperam que o governo Lula (PT) apresente uma proposta de reposição salarial na próxima reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, na quinta-feira (10/8).

Na última reunião, em 25 de julho, o governo indicou que irá apresentar um índice para o reajuste salarial do próximo ano. Aquela ocasião tratou apenas de pautas não remuneratórias, como a transferência das aposentadorias e pensões para o INSS. Na reunião deste mês, serão discutidas as pautas remuneratórias.

Os servidores apresentaram uma proposta de reajuste de 26%, para recompor as perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos últimos anos. Eles ainda demandam a equiparação de benefícios (tais como auxílios-alimentação e creche) dos servidores do Executivo com os do Judiciário e Legislativo.

A Mesa de Negociação Permanente, instalada pela primeira vez em 2003, reúne representantes do governo e entidades sindicais. Ela foi reativada em fevereiro deste ano.

Do lado do governo participaram os ministros da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck (que o coordena); da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; da Educação, Camilo Santana; da Previdência Social, Carlos Lupi; da Casa Civil, Rui Costa; do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.

Já a bancada sindical é formada por 20 representantes das entidades representativas dos servidores e empregados públicos civis federais e por representantes das centrais sindicais.
Reajuste de servidores no primeiro Orçamento de Lula

O Orçamento de 2024 será o primeiro elaborado pela atual gestão. Reajustes salariais deverão constar no projeto de lei orçamentária anual (PLOA) que será encaminhado ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

A peça orçamentária de 2023 foi feita ainda na gestão Jair Bolsonaro (PL). Após as eleições de outubro, o presidente eleito conseguiu aprovar a PEC da Transição, para garantir recursos para o pagamento de despesas: foi permitido o valor de R$ 145 bilhões do Orçamento de 2023 fora do teto de gastos.

Em abril deste ano, o Congresso autorizou recursos adicionais no Orçamento para reajuste de servidores do Executivo. O reajuste, que ocorre a partir de 1º de maio, foi fixado em 9%.

De acordo com o governo, mais de 1 milhão de servidores são beneficiados. O impacto nas contas públicas é de R$ 11,2 bilhões.

Segundo o presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, os servidores também esperam a definição dos percentuais de recomposição para os dois últimos anos anos de governo.

Fonte: Metropoles