Nesta terça-feira à Polícia Federal e a Polícia Civil realizaram a Operação Tango em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

Porto Velho, RO - O objetivo da operação é cumprir medidas cautelares de busca e apreensão autorizadas pela Justiça para instruir um inquérito policial que investiga crimes como porte ilegal de arma de fogo, disparo ilegal de arma de fogo, ameaça e dano qualificado.

A investigação teve início na Polícia Civil em novembro de 2022, após um atentado contra o site de notícias Rondoniaovivo.

Na ocasião, a sede do veículo foi alvejada com dezenove disparos de arma de fogo calibre 9mm.

Após avançar nas investigações, a Polícia Civil repassou o caso para a Polícia Federal, que passou a atuar em conjunto com o GAECO.

Durante as investigações, descobriu-se que o atentado foi executado por dois homens, que foram identificados ao longo do trabalho.

A motivação do crime aponta para questões políticas, relacionadas a matérias jornalísticas publicadas pelo site de notícias, que criticavam os protestos realizados por pessoas insatisfeitas com o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Esses protestos envolviam obstrução de rodovias e aglomeração em frente aos quartéis do Exército em Rondônia.

Nesta terça-feira, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em Porto Velho/RO, com o objetivo de coletar documentos, informações, armas, objetos e outras provas que possam auxiliar na investigação.

A operação também busca identificar possíveis cúmplices envolvidos no crime.

Os crimes investigados têm penas que somam até 11 anos e 6 meses de prisão.

Além disso, outras infrações podem ser apuradas no decorrer das diligências realizadas durante a operação.

O nome "Operação Tango" faz referência à rua Buenos Aires, que foi uma das rotas utilizadas pelos responsáveis pelo ataque para se aproximarem do local do crime.

Esta é a terceira operação realizada em Rondônia com a participação ativa do GAECO no combate aos chamados "atos antidemocráticos". Em uma das operações anteriores, chamada Eleutéria 1ª Fase, os envolvidos já foram condenados pela Justiça da Comarca de Colorado do Oeste, interior de Rondônia.

Fonte: Redação