
Dilma Rousseff diz que o banco pode se tornar uma instituição 'feita pelos países em desenvolvimento para si mesmos'
Porto Velho, RO - O banco de desenvolvimento criado pelas nações do Brics planeja começar a emprestar nas moedas sul-africana e brasileira como parte de um plano para reduzir a dependência do dólar e promover um sistema financeiro internacional mais multipolar, de acordo com sua presidente, Dilma Rousseff, escreve Michael Stott, editor da América Latina do Financial Times.
A ex-presidenta brasileira que dirige o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), também disse que a instituição estava considerando pedidos de adesão de cerca de 15 países e provavelmente aprovaria a admissão de quatro ou cinco. Ela não nomeou os países, mas disse que era uma prioridade para o NDB diversificar sua representação geográfica.
"Esperamos emprestar entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões este ano", disse Rousseff ao Financial Times em uma entrevista. “Nosso objetivo é alcançar cerca de 30% de tudo o que emprestamos... em moeda local.”
Ela disse que o NDB emitiria dívidas em rand para empréstimos na África do Sul e faria “a mesma coisa no Brasil com o real. Vamos tentar fazer uma troca de moeda ou emitir dívidas. E também em rúpias.” O banco já empresta em renminbi, moeda chinesa.
A expansão dos empréstimos em moeda local apoia um objetivo mais amplo acordado pelas nações Brics de incentivar o uso de alternativas ao dólar em transações comerciais e financeiras.
As nações do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — montaram o NDB em 2015 como uma alternativa às instituições financeiras dominadas pelos EUA, como o FMI e o Banco Mundial.
Fonte: Brasil247
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