Portovelhense Paulo Fuá

Uma sinuca de bico entre o Carlos Terceiro e o Zé Fernandes

Por: Altair Santos (Tatá)

Bem sabemos, e não é de hoje, que Brasília a sempre efervescente capital federal nossa, é mesmo o árido e inóspito solo nacional das acaloradas disputas, entreveros e babados fortes do cenário político tupiniquim. Do que nenhum de nós duvida, isso é fato.

Porém agora, “os ventos do norte que não movem moinhos,” segundo a letra de João Ricardo e Paulinho Mendonça, hão de mostrar suas forças incontidas pois, um irrefreável movimento com apelo e força de abalo sísmico, longe.

da disputa nas urnas e alheia aos votos, despido de pesquisas e apartado das ideologias, além de nu dos cismas e fricotes partidários, vai acontecer...

O babado emerge como ardente e destruidor escândalo, feito labaredas nas cores e chamas inextinguíveis de um tórrido caso de amor que andava fora da cena e ibope das novelas nacionais, apartado das fofocas locais, mas que promete turvar e causar uma grande e revoltosa procela de envenenada paixonite aguda, com cheiro de babado forte ou enxofre molhado, nas águas do Lago Paranoá, a Copacabana ou Saint Tropez artificial dos candangos.

Paulo Fuá, o sempre cobiçado de vocês desde as décadas de 60, 70, 80, 90 e ainda perfumado e vigente, em vossos corações mesmo hoje em dia, desde quando ali pelo Caiari, Arigolândia, Olaria, Centro, Liberdade, Santa Bárbara, Mocambo, Triângulo e arrabaldes, era o insuportável pras vossas esposas e namoradas, resolveu, após longo recesso, subir o clima, causar, ameaçar azedar o tacacá do Miguel e o caldo dominical do Mercado Central. Sabem o que ele.

fez? Lhes digo: resolveu, duma hora pra outra, nacionalizar a sua fama de arrebatador e amante latino causando verdadeira ebulição, um diluviano estrago no plano piloto, praça dos três poderes e outros poderes mais, fazendo dali o epicentro da sua mais nova investida. 

Os efeitos desse abalo serão sentidos pelas cidades satélites até chegar aqui.

Pois é, quando tudo parecia sossegado eis que se nos chega verbalizado pelo próprio Paulo Fuá o que se segue: sabe Tatá, eu andei muito quietinho, muito calado, só espiando esse magote de cabra safado achando que eu “já era.” Mas eles se esqueceram que eu to vivinho da Silva, afinal eu sou o Paulo (Fuá) Roberto da Silva, tu me entende?

E digo mais, eu vou aprontar de novo, eu vou acontecer, e vou começar é lá por Brasília, vou tomar satisfação direto com o Carlos Terceiro e o Zé Fernandes, ou eles se revelam pra mim e todo mundo saber, ou o bicho vai pegar, eles que me aguardem. 

Aí perguntei: sim, mas depois disso, você vai quietar de vez? Ele: que nada, depois eu volto pra cá pra espantar mais um tanto de gente. 

Quem, por exemplo? Ora quem, meus queridinhos que estão por aí, a saber, os irmãos Santana, uns dois maninhos Menezes, uns dois Riveros, uns dois Caúlas, uns dois Mercês, uns Silvas, um certo Mesquita e um outro Franco, e por aí vai...

Isso tudo porém, só acontecerá, após eu velejar com os de Brasília, os amores federais, naquele lago. Disse o Paulo Fuá.