Pressa está ligada à saída, em novembro, do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. Cargo será assumido pelo ministro Raul Araújo, tido como um aliado de Bolsonaro
Porto Velho, RO - Após o término do julgamento iniciado esta semana e que poderá tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível, membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretendem agilizar a tramitação de mais dois processos contra o ex-mandatário, visando incluí-los na pauta do plenário até novembro.
O motivo para a pressa está ligado à saída, em novembro, do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, que terá completado seu mandato de dois anos. O cargo será assumido pelo ministro Raul Araújo, visto como um aliado de Bolsonaro na Corte.
Segundo a coluna da jornalista Carolina Brígido, do UOL, os dois processos que deverão ter uma tramitação acelerada até novembro dizem respeito às investigações sobre a disseminação de notícias falsas e sobre o pacote de medidas anunciado por Bolsonaro às vésperas das eleições do ano passado.
Na ação das fake news, além de Bolsonaro, outras 47 pessoas estão sendo investigadas, incluindo seus três filhos: Carlos, Flávio e Eduardo. Também estão entre os alvos da ação as deputadas Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF) do PL, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, o empresário Otavio Fakhoury, o ex-secretário especial de Cultura no governo Bolsonaro Andre Porciuncula, o deputado Mario Frias (PL-RJ), que ocupou o mesmo cargo, e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. Já no processo referente ao pacote de medidas, Bolsonaro e o candidato a vice-presidente em sua chapa, Walter Braga Netto, estão sendo investigados.
Ainda segundo a reportagem, a previsão é que Gonçalves começará a ouvir depoimentos em agosto. Algumas testemunhas serão ouvidas em um único dia, abordando mais de uma investigação, a fim de agilizar o andamento dos processos. O ex-ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI), por exemplo, foi indicado por Bolsonaro como testemunha em diversas ações.
As acusações elencadas nos 15 processos são diversas. Entre elas está o suposto uso indevido da Polícia Rodoviária Federal para prejudicar as eleições do ano passado, além do uso do cargo para promover a candidatura em eventos financiados pelo erário público."
Fonte: Brasil247
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