P/ Juvenil Coelho

Porto Velho, RO - Verdade, etimologicamente falando, é um substantivo abstrato, que vem do termo latim “VERITATE”, que se caracteriza como sendo a ausência da mentira. Cá, na nossa mesquinha concepção, vemos o senso da verdade como uma linda jovem solteira, que por um motivo especial, fica impedida de casar-se.

Vejam que com todos os dotes e atributos físicos, não pode ser correspondida.

Antes mesmo de que você possa fazer qualquer comentário respeito, veja o que está escrito num cântico poético do padre Antônio Maria, a respeito da vestimenta de JESUS, pois nos chama muito atenção, não só a rima da toada poética, mas sobretudo, o teor dos versos.

“A túnica de Cristo foi tecida por Maria, sua mãe, com linhas do fino ouro, era a veste vermelha, da cor do amor, com verdes sinais de esperança. E que sorrindo ela tecia aquela vestimenta com linhos de saudades violeta, exatamente a cor da dor”. Que bela melodia! se é verídica, só o padre poderá afirmar. Causa transtornos ainda, o que muitos historiadores asseveram, que a referida túnica, não tinha costura, pelo menos visível.

Daí se dizer que esta suposta e questionada túnica, era comparada à pura verdade. Sim, e sem qualquer alinhavo ou remendo de retalhos, não tinha mesmo qualquer vestígio de costura, assim ratificam os sacerdotes hebreus. Para maior exatidão, está transcrito no livro bíblico do evangelista João, no capítulo 19, versículo 23, que reafirma, que ela foi rasgada e dividida em quatro partes e cedidas aos soldados presentes ao ato de crucificação do Senhor Jesus Nazareno. Porém não é nosso propósito discutir o mérito ou procedência das informações, e sim as finalidades e questionamentos.

Assim como a verdade é infalível, tem que andar de mãos dadas com os ocorridos e noticiados, de formas a não ser tolhida, muito menos ameaçada, pelos mentirosos. A verdade não tem parceiros, nem afinidades, é livre e desimpedida, é pura e de boa fé, sem embaraço e sincera, exata e autêntica, sem arranjos ou rico chefes. Tanto assim, que quem fala a verdade: não gagueja, nem amarela, não tremula nem baixa a cabeça, nem pestaneja nos seus discursos ou propagadores. 

Em suma, a verdade só tem uma linhagem, e o compromisso real com a sinceridade é toda franqueza. Nua e crua, ao arrepiar da lei, como sempre se diz no jargão popular. Doa a quem doer. 

Por fim, o apelo divino: “Conhecereis a verdade e ela vos libertarás”.

O autor é analista político e diretor do instituto Phoenix de pesquisa.