É obrigatório realizar a inscrição e apresentar os documentos exigidos

Porto Velho, RO - O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri, anuncia a abertura das inscrições dos produtores rurais interessados no transporte de calcário para suas propriedades, aproveitando os benefícios do Programa Mais Produção/Calcário. Segundo os técnicos da Seagri, a estimativa é atender 400 agricultores familiares com mais de 10 mil toneladas de calcário para correção do solo à pecuária. Os recursos são oriundos do Fundo de Investimentos e Apoio ao Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira de Rondônia – Proleite.

Para formalizar a inscrição, o agricultor familiar deve procurar o escritório da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater Rondônia de seu município, e apresentar cópias da identidade (RG); CPF; o CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar); análise de solo atualizada (validade de no máximo 12 meses); e o comprovante de pagamento da usina em que foi adquirido o insumo.

O governador Marcos Rocha tem reforçado atenção à agricultura familiar com apoio técnico e o transporte de calcário. “Nós estamos fortalecendo a agricultura familiar, incrementando a cadeia produtiva e fazendo a economia girar”, explicou.

Em 2020, o Governo de Rondônia, por meio da Seagri, investiu mais de R$ 3 milhões no transporte de calcário, em parceria com a Emater e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural- Senar. Neste ano de 2023, a meta é alcançar o máximo possível de produtores, mas é obrigatório realizar a inscrição e apresentar os documentos exigidos.

Para o secretário de Estado da Agricultura, Luiz Paulo, Rondônia cumpre seu papel de valorizar a produção familiar, responsável por milhares de empregos diretos e indiretos no campo. “O calcário ajuda a melhorar o solo, garante qualidade na bovinocultura, e faz crescer nossa economia”, destacou.

ANÁLISE DE SOLO

Conforme os estudos da Seagri, Rondônia possui características de solos: Latossolos (58%), Argissolos (11%), Neossolos (11%), Cambissolos (10%) e Gleissolos (9%). A aptidão de uso dos solos para a agricultura é de 59%; 16% para pastagem plantada, 5% para pastagem nativa e 20% para preservação. O Estado apresenta em torno de oito milhões de hectares cultivados, sendo que a maior parte da área encontra-se com pastagens de Brachiaria spp, utilizadas nas atividades de pecuária.

Aproximadamente um milhão de hectares são cultivados com culturas perenes como o café, a banana e o cacau; e com culturas anuais, principalmente o milho, o feijão, o arroz e a soja, além de outras de subsistência. Dessas áreas utilizadas na agropecuária poucas recebem adubações e correções da fertilidade, e raros são os casos de utilização de práticas conservacionistas de manejo do solo.

Com base em mais de 500 análises de solo oriundas de agricultores familiares de todas as regiões de Rondônia, recebidas pela Seagri para a execução do Programa Mais Produção/Calcário, nos anos de 2020 e 2021, pode-se aferir que, em geral os solos das propriedades apresentam baixa Saturação de Bases (V%), que foi em média de 34%, o que permite considerar que são solos eutróficos, de baixa fertilidade, que para eficiência no desenvolvimento das plantas precisam de correção (calcário) e adubações.

Fonte: Secom - Governo de Rondônia