Valor corresponde ao cobrado nos postos até 11 de março. Alta foi de 8% em uma semana

Porto Velho, RO - O preço médio da gasolina subiu 8% em uma semana e passou a custar R$ 6,01 em Rondônia, segundo novo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado.

A pesquisa é referente à semana de 5 a 11 de março. Nesse período, o valor médio do litro saltou de R$ 5,56 para R$ 6,01. Esta foi a quarta semana seguida que o preço da gasolina aumentou nos postos do estado.

O valor médio é calculado com base no preço cobrado dos consumidores tanto na capital Porto Velho quanto nos municípios do interior de Rondônia.

Na contramão da gasolina, o diesel registrou queda pela terceira semana seguida no preço médio. Em 18 de fevereiro, o litro do combustível custava R$ 6,85 e no último dia 11 de março era vendido por R$ 6,59 (veja no gráfico).
Preço gasolina Rondônia
Dados correspondentes desde 15 de outubro
4,814,815,075,075,185,185,255,255,155,155,25,25,155,155,195,195,175,175,115,115,15,15,175,175,235,235,25,25,325,325,565,566,016,016,896,897,017,017,077,077,157,156,986,987,117,116,966,967,027,027,117,117,047,047,057,05777,047,046,856,856,796,796,766,766,596,594,424,424,614,614,524,524,544,544,484,484,514,514,554,554,664,664,584,584,624,624,534,534,484,484,534,534,534,534,524,524,544,544,884,88GasolinaDieselEtanol15/1011/1119/1126/113/1210/1217/127/01/2314/01/2321/01/2328/01/2304/02/2311/02/2318/02/2325/02/2304/03/2311/03/2345678
11/03/23
 Gasolina: 6,01
Fonte: ANP
Já o valor do etanol também teve uma elevação significativa entre 5 e 11 de março. O preço médio do litro saiu de R$ 4,54 para R$ 4,88, uma alta de 7,50% para o motorista.

Motivo do aumento

A alta no preço médio da gasolina ocorre na semana seguinte à oficialização da reoneração de combustíveis pela equipe econômica do governo federal. A volta dos impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol passou a valer no dia 1º de março.

O tema causou um impasse entre as alas política e econômica do governo. Os ministros Fernando Haddad (PT), da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, explicaram no dia 28 de fevereiro a volta dos impostos federais.

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ela só será mantida no segundo semestre caso o Congresso decida converter a medida provisória em lei.

Na ocasião, Haddad disse que os impactos nas bombas seriam menores, já que a Petrobras havia anunciado a redução nos preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.

Política de preços

Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não só dos valores cobrados nas refinarias, mas também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Os postos têm liberdade para estabelecer os preços cobrados; assim, a queda do preço cobrado pela Petrobras pode demorar – ou nem chegar – às bombas.

A Petrobras tem como política de preços a Paridade de Preço Internacional (PPI). O modelo determina que a estatal cobre, ao vender combustíveis para as distribuidoras brasileiras, preços compatíveis com os que são praticados no exterior.

Fonte: G1/RO