Após a mulher ser morta, próximo da Vila da Penha, o marido da vítima disse que levou a caminhonete do casal até Guajará-mirim (RO) e a abandou por lá

Porto Velho, RO - O Juízo da 2ª. Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho marcou para os dias 21, 22 e 23 de julho o julgamento de três homens acusados de envolvimento no assassinato Siméria Felício, de 44 anos, ocorrido dia 11 de setembro de 2021, na Zona da Mata, distrito de Abunã, região de Porto Velho.

Um dos acusados é o mandante do crime, e marido da vítima, Laci Rigotti, de 56 anos, José Sinis Figueiredo, vulgo “Zezinho” e Norival Retameiro de Souza Filho, vulgo “Neném”, que foram contratados para matar a vítima durante uma abordagem premeditada em uma área de mata.

Laci Rigotti foi denunciado por infração ao artigo 121 [homicídio], §2º [qualificado], VI [feminicídio], I [motivo torpe] e IV [mediante dissimulação], c/c §2º-A, I [violência doméstica] todos do Código Penal; Já os acusados Zezinho e Nemém serão julgados por infração ao artigo 121, §2º, I [mediante promessa de recompensa], IV [recurso que dificultou a defesa da vítima] e VI [feminicídio], todos do Código Penal [2º Fato], na forma do artigo 29, caput, do mesmo Codex e 155, §4º, IV, do Código Penal, em concurso material.

O CRIME

Segundo a Polícia, a vítima queria se separar do acusado, que, por não querer dividir os bens do casal, resolveu contratar a dupla de pistoleiros para dar fim á vida da companheira. Laci confessou o crime e foi preso três semanas após o assassinato, dia depois dos dois pistoleiros. A dupla foi presa no dia seguinte ao crime e recebeu R$ 25 mil pelo ´serviço´.

Ainda segundo as investigações, Laci contratou Neném, que chamou o parceiro Zezinho para ajuda-lo. Os três combinaram a execução, inclusive o local, onde o crime seria praticá-lo. Siméria foi morta a tiros segundos após descer do carro para ir urinar com o marido na mata.

Após a mulher ser morta, próximo da Vila da Penha, o marido da vítima disse que levou a caminhonete do casal até Guajará-mirim (RO) e a abandou por lá. Depois de deixar o veículo na cidade, que faz fronteira com a Bolívia, o homem pegou carona e voltou ao local do crime, onde ligou para polícia.

Imagens de uma câmera de segurança, obtidas pela Polícia Civil, mostram o momento que o veículo do casal era seguido pelo carro com os dois suspeitos.

Fonte: Redação