Rio chegou aos 14 metros na sexta-feira (24) e segundo a Defesa Civil, deve continuar subindo

Porto Velho, RO - Após o rio Madeira chegar aos 14 metros e atingir a cota de atenção em Porto Velho, a Defesa Civil começou a monitorar as regiões que mais sofrem com a cheia, como as comunidades do baixo, médio e alto Madeira, além dos bairros da região central da capital.

Segundo registro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o rio entrou em cota de atenção na tarde de sexta-feira (24), quando atingiu 14,11 metros, mas na manhã desta segunda-feira (23), o rio voltou a recuar, chegando aos 13,62.

De acordo com a Defesa Civil, a oscilação no nível do rio é normal nessa época do ano, já que durante o período conhecido como 'inverno amazônico', as chuvas chegam com intensidade na cabeceira do rio.

"A cheia é natural do ano e para haver o transbordamento, precisa ocorrer a enchente e no caso, ele ainda não estrangulou os igarapés. Então quando ele estrangular os igarapés, a Defesa Civil entra em ação para atender todos", explicou Anderson Luis, Gerente de Operações e Socorro da Defesa Civil.

A cota de atenção indica a possibilidade moderada de ocorrência de inundação. O Madeira entra em cota de alerta se atingir 15 metros e de transbordamento após os 17 metros.

“Com a previsão de muita chuva no Madre de Dios e no rio Beni, a tendência é que o rio chegue aos 15 metros ou próximo. A Defesa Civil vem monitorando essas comunidades que moram próximo aos córregos, ali no Beco da Rede, Beco do Birro, aqui na capital, aqui no Cai n’Água e estamos providenciando uma equipe que está descendo pra Nazaré”, disse Anderson.

Cheias históricas


Nazaré, no baixo madeira, foi a comunidade mais atingida pela cheia do Rio Madeira, em Porto Velho — Foto: José Pimentel/Defesa Civil

Em 2014, o nível do rio Madeira passou dos 19 metros e milhares de pessoas foram retiradas de casa pelo telhado.

Outro ápice no nível do rio foi em 9 de abril de 2007, quando o Madeira chegou a 17,52 metros. Na época, a enchente invadiu bairros, distritos e afetou cerca de 1,6 mil famílias somente em Porto Velho.

Fonte: G1/RO