Tal uso, de acordo com o documento, é feito tanto para procedimentos pré-cirúrgico

Porto Velho, RO - Desde a semana passada o sistema municipal de saúde de Vilhena vive uma situação diferenciada, após o prefeito Delegado Flori (PODE) ter decretado estado de emergência e contratado uma entidade filantrópica para reorganizar e gerir o setor pelo prazo de seis meses.

A partir de então está havendo uma devassa nos bastidores da saúde pública vilhenense, na qual diversas situações irregulares e até alguns absurdos vem sendo descortinados à sociedade.

A ação também está fazendo com que servidores que de fato são comprometidos com o bem-estar da população e com a correção dos pontos falhos apontem problemas à instituição gestora a fim de que sejam solucionados.

São várias situações que surgem a cada dia, sendo que uma delas chama a atenção pois trata-se da primeira evidência concreta de que as instalações públicas do sistema de saúde municipal têm sido usadas com fins escusos por agentes da iniciativa privada.

Denúncia neste sentido está registrada num memorando interno ao qual a reportagem de O Observador teve acesso, na qual está afirmado com todas as letras que instalações, produtos e pessoal do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira são utilizados por pacientes que posteriormente acabam sendo submetidos a intervenções cirúrgicas em hospitais particulares.

Tal uso, de acordo com o documento, é feito tanto para procedimentos pré-cirúrgico quanto no pós, incluindo até mesmo as instalações da UTI do Regional.

No mesmo documento há também informes acerca de irregularidades no setor de pediatria, com problemas nas instalações que prejudicam o atendimento e colocam em risco a segurança de funcionários e paciente.

Até mesmo em procedimentos elementares numa unidade de saúde, como é o caso da desinfecção de instalações e equipamentos, não estão sendo adotadas medidas estabelecidas em códigos de conduta para tanto.

O documento ainda circula internamente na administração municipal, mas já se sabe que medidas severas para apurar responsabilidades e corrigir as situações apontadas foram determinadas pelos gestores do sistema de saúde e do Município.