No lugar de Marcos Rogério assumiu o suplente Samuel Araújo, o “Rei dos Precatório”

Porto Velho, RO - O senador Marcos Rogério (PL), que votou contra a aprovação do Bolsa Família de R$ 600 para as famílias pobres e, logo em seguida, licenciou-se do Senado, ficará ainda mais isolado a partir da próxima quarta-feira, 1º de abril, quando a Casa elegerá seu novo presidente.

A disputa está entre o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN) e o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com chances maiores para o segundo.

No lugar de Marcos Rogério assumiu o suplente Samuel Araújo, o “Rei dos Precatório”. Ocorre que Samuel é do PSD, partido que apóia a reeleição de Pacheco.


Nesta segunda-feira, o site da Revista Veja publicou reportagem sobre a vantagem de Pacheco sobre Marinho e destacou a situação de Marcos Rogério.

Em determinado trecho da notícia, a veja afirma: “Além disso, há um detalhe na matemática que é mais uma vantagem para o PSD: o senador Marcos Rogério (PL-RO) está afastado do cargo por motivos pessoais e, se não voltar na quarta-feira, será um um desfalque nas contas do partido de Marinho. Para piorar, seu suplente é Samuel Araújo, que é do PSD. Ou seja, na ausência de Marcos Rogério, o PSD se isola ainda mais como maior bancada, com 16 senadores, contra 13 do PL”.

A reportagem refere-se ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, e suas articulações para reeleger Pacheco.

O PL de Marcos Rogério iria começar a legsilatura no Senado com a maior bancada, 14 senadores, mas foi ultrapassado pelo PSD, que filiou as senadoras Mara Gabrilli (ex-PSDB -SP) e Eliziane Gama (Ex-Cidadania-MA), passando a contar com 15 senadores.

Desde que foi derrotado na eleição para governador, Marcos Rogério submergiu e isolou-se politicamente, ficando enfraquecido, também, em nível federal, uma vez que seu candidato a presidente, Jair Bolsonaro, também perdeu. Sem dar maiores detalhes sobre os motivos de sua licença, Rogério deixou o suplente em seu lugar e desapareceu do cenário político.

Nesta segunda, o “Rei dos Precatórios”, por meio de nota, divulgou que deverá votar no candidato bolsonarista à presidência do Senado, contrariando seu partido, o PSD.

Segundo a nota, “Samuel Araújo também confirmou compromisso com as pautas conservadoras e pela continuidade na adoção de políticas para expansão do Agro no estado de Rondônia”.

Em 2018, Samuel Pereira de Araújo doou R$ 855 mil para campanha de senador de Marcos Rogério (PL-RO), e agora assumiu o mandato.