Judiciário e Legislativo concentram atenção dos investidores com decisões que afetam diretamente a política econômica do país. Foto: Pixabay

Porto Velho, RO - Investidores nacionais ainda devem enfrentar uma semana de bastante movimentada. Embates e discussões no Congresso Nacional e no STF devem trazer volatilidades aos ativos brasileiros. A mais alta corte do Brasil retoma, nesta segunda-feira, o julgamento do Orçamento Secreto com placar de 5 x 4 em favor da inconstitucionalidade da prática. Faltam os votos de dois ministros. A matéria pode mexer com as negociações relativas à PEC da Gastança no Congresso Nacional, uma vez que retira poderes dos presidentes de ambas as casas legislativas.

Além disso, em um movimento inesperado o ministro Gilmar Mendes do STF excluiu, no domingo, o Bolsa Família do Teto de Gastos. De acordo com a decisão, o próximo governo pode abrir crédito extraordinário para custear o benefício social, o que esvazia boa parte da discussão na Câmara dos Deputados sobre a PEC da Gastança. Vale lembrar que os entraves políticos da medida vinham segurando a queda nos ativos nacionais.

Outro impasse que tem ajudado a reduzir as perdas nos últimos dias têm sido a dificuldade de aprovação de mudança na Lei das Estatais no Senado Federal. De acordo com o presidente da casa, senador Rodrigo Pacheco, o texto ainda pode ser votado nesta semana, mas não há consenso sobre a matéria até o momento. A sobrevivência da norma é vista como importante para manter as estatais blindadas de interferência política e melhorar a governança das empresas públicas.

Na agenda econômica da semana, a prévia da inflação oficial (IPCA-15), na sexta-feira, pode adicionar volatilidade aos juros futuros. A expecatativa do mercado é de estabilidade do indicado em 0,53% na comparação com o mês anterior. Na leitura anual, o consenso de mercado espera desaceleração no índice que deve passar de 6,17% na leitura de novembro, contr 5,90% agora.

Fonte: O Antagonista